Diz assim a palavra do Senhor: “Daniel, pois quando soube que a Escritura estava assinada, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia se punha de joelhos e orava, e dava graças diante do seu Deus, como costumava fazer.” Vamos ter uma palavra de oração. Vamos implorar a Deus. Vamos chamá-Lo. Vamos pedir com insistência. Vamos rogar ao Senhor.
Pai, Deus amado, honra Jesus Cristo nesta manhã. Honra, Senhor, na ministração da Palavra. Queremos, meu Deus, conhecer Teus designos, o Teu coração para as nossas vidas. Queremos conhecer o nosso chamado. Queremos conhecer, meu Deus, os meios que o Senhor deseja que nossas vidas sejam servidas a Ti. Oh, Senhor, ajuda-nos a apreciarmos cada partícula da Tua Palavra. Pai, por favor, dá-nos graça, nos ajude, favoreça-nos. Que nesta manhã, Senhor, sejamos afetados como Tu assim desejar, para que possamos viver como quem deseja servir ao Senhor de forma honrosa. O Senhor já nos deu essa dignidade, essa idoneidade de podermos Te servir. Ajuda-nos, Senhor, a nos responsabilizarmos com essa grande missão de nos enchermos com o Teu amor e essa fé bendita que nos leva à santificação. Ajuda-nos, Senhor, para a honra e glória do Teu santo nome. Amém.
Irmãos, vemos que Daniel, nesse exato momento, no capítulo seis, já havia passado por muita coisa até chegar aqui, não só em eventos, mas muitos anos se passaram. O rei Dario tinha 70 anos, como veremos no texto, mas Daniel tinha entre 70 e 80 anos. Conhecemos Daniel de várias formas, como por suas visões, seu comportamento diante das iguarias do rei, escolhendo não se contaminar. Vemos também a escolha de seus amigos e a provação que enfrentaram na fornalha, da qual o Senhor os livrou. Também vemos Daniel interpretando os sonhos de Nabucodonosor, o terceiro rei com quem ele conviveu. Primeiro, foi Nabucodonosor, onde ele interpreta o sonho e profetiza, e o rei acaba pastando como um animal. Depois, Belsazar, que parece ter deixado Daniel distante da administração do reino até que a escrita apareceu na parede, e Daniel foi chamado para interpretar.
Parece que a mãe vai lembrar de Daniel. “Olha seu pai Nabucodonosor, ele tinha entregue a sua administração a Daniel” E ele manda buscar aquele e tem um espírito excelente.
Então, o rei Dario ocupa a Babilônia, toma o reino, e uma nova fase começa na vida de Daniel. Logo no início do capítulo seis, vemos o rei Dario escolhendo homens para governar seu reino. Ele escolhe 120 prefeitos para administrar as cidades e três presidentes para supervisioná-los. E a ideia aqui é que o Imperador não tivesse prejuízo, ele não tivesse dano nenhum, ou seja, tinha que administrar de tal maneira ao rei ou ao Dario não ter nenhum, nem um tipo de prejuízo.
Então, a partir daí, Daniel enfrenta uma batalha, as pessoas que estão ali. O texto diz que não só os dois pares de Daniel e os outros dois presidentes, mas todos os prefeitos. Começam a pensar como derrubar Daniel. Então a coisa pra ele não estava fácil. Não estava fácil. Mas é interessante o seguinte: com tudo isso, nós vamos percebendo alguma evidência ou evidências de que o rei ou imperador Dario tinha bastante apreço por Daniel.
Nós vamos ver isso no versículo dois, que ele seleciona Daniel para ser um dos presidentes do reinado. Vamos ver isso no versículo três, aonde vemos aqui que Dario desejava estabelecer Daniel por cima de todo o seu reino por causa da sua forma em excelência de atuar. Nós vamos ver também no versículo 14 que o rei, quando recebeu a notícia que Daniel havia infringido a lei, ele ficou sentido.
Ele teve. Ele teve um pesar no coração com ele mesmo, e ele pelejou o dia todo para ver se conseguia livrar Daniel da cova dos leões. Então ele foi até o último momento para livrar Daniel. E outro aspecto que também evidencia o cuidado e o carinho que o apreço que Dario tinha com Daniel é que ele faz uma declaração ao Daniel.
Ele diz assim "Ó Deus! Que você serve Daniel pode te livrar dos leões." Então você percebe que, dentro do contexto, o rei Dario é uma pessoa que está, digamos assim, inclinado a defender Daniel. Agora, mesmo com todas essas evidências, o rei Dario, uma pessoa que estava ali, digamos assim, alguém que gostava de Daniel, essa mesma pessoa que gostava de Daniel, que tinha apreço por Daniel. Ele mesmo ordena lançar Daniel na cova dos leões.
E não dá para a gente pensar quantas vezes a gente não tem pessoas ao nosso redor, gente que a gente sabe que gosta da gente, que que a gente pode contar com ela e de certa forma, pode acontecer dessa pessoa não ter outra opção senão nos colocar em situações difíceis.
Uma lição aqui dessas evidências é que não podemos confiar nos meios terrenos para nos favorecer. E isso é uma inclinação muito forte. A nossa tendência de confiar nos recursos terrenos e recursos terrenos vão falar aqui do lado financeiro, do lado profissional, da estabilidade financeira. Vamos falar da estabilidade profissional. Vamos falar daquelas pessoas que estão ao nosso redor, que elas, que elas vivem nos concedendo condições para continuar a estabilidade da nossa vida, os nossos negócios.
Então, tudo isso é um certo tipo de recurso que nós podemos confiar e talvez a gente possa se frustrar porque, como Daniel, tendo o rei, o imperador Dario ao seu favor, não livrou ele de passar pela situação de estar com os leões. E ele nos ensina também com relação a isso, que nós precisamos confiar em Deus, confiar em Deus, em seu Cristo. E como? confiar com fidelidade em nossa devoção diária. Não é de se entregar que Daniel, com 80 anos, 70, 80 anos. Chamado novamente para a administração de um estadista. Ele mostra o seu trabalho, sua Excelência. Imagina um funcionário assim de excelência. Alguém que não atrasa, alguém que entrega os resultados, entrega as tarefas, entrega as atividades. Alguém que não fique como os dias de hoje no celular em vez de trabalhar. Alguém que realmente se esforça o esmero para poder realmente ter valia no seu salário.
Ou pelo menos aqui com o Daniel, a impressão que dá é que ele vive para o senhor, porque de certa forma, esse império ele não é um império bonzinho para os judeus, para o povo de Deus, é um império que subjugava o povo de Deus.
Mas Daniel servia com excelência, independente se esse reino era um reino de trevas, era o reino inimigo. Independente se esse reino subjugava o povo de Deus. Ele servia com excelência. E aí nós vamos reparar que ele mesmo servindo com excelência, mesmo ele sendo de bom caráter, mesmo ele sendo uma pessoa notável, uma pessoa que não se achou o erro, o dolo nele, isso não o livrou de passar por situações extremamente difíceis.
Nós às vezes pensamos em ser bons em muitas coisas e muitas vezes é para o Senhor. Mas amados, chegará o tempo em que nós não vamos conseguir ser bom. Sabe por que irmãos? Porque às vezes nós vamos estar em situações como a própria igreja perseguida hoje que nós vemos aqui de ano em ano, os irmãos das Portas Abertas nos mostrando que há uma igreja que está sendo perseguida.
Que é uma Igreja sofredora, uma igreja que está encarcerada. Há pessoas que estão sofrendo pelo nome de Jesus. Há pessoas que na cela elas não tem essa inter relação. Ela não tem esse interpessoal para mostrar que elas são boas. Na cela, na prisão, não dá para qualificar caráter. Essa moeda, essa moeda de dignidade que a gente pode distribuir e negociar ela para nós ficarmos bem uns com os outros, para as pessoas nos ver. Bacana, para as pessoas nos ver elogioso de forma elogiosa. Essa moeda, essa frente, essa faceta na cadeia, na solitária, isso não tem como se usar. E Daniel nos mostra isso porque ele mostra que ele foi impedido de fazer as coisas com excelência. Ele foi para a cova dos leões, mas sabe por que ele foi para a cova dos leões? Porque mesmo as pessoas aprovando ele naquilo, ele foi para a cova dos leões, porque ele era fiel a Deus e a sua fidelidade, a fidelidade de Daniel, que levou ele para a cova dos leões.
Amados, no dia da nossa prisão. O que vai nos sobra? A relação com Deus. E Daniel, com 80 anos, não esqueceu disso três vezes no dia. Não dá para entender se a comunicação é dele para Jesus ou ele, tendo uma percepção de que Jesus poderia falar ao seu povo, o Messias, falando ao seu povo, imagina uma visão de Daniel vendo, antevendo Jesus falando “Entra no teu quarto, quando você for orar, fecha a porta, ora em secreto para que o seu Pai que te vê em secreto te recompense”
Dá para perceber que é algo que seria inegociável com Daniel. É a rotina da sua devoção a Deus. Os adversários, o alvo dos adversários. Nós percebemos que era, de alguma forma, Daniel. Toda a lei, todo o reino, todo o regimento, toda articulação, toda demanda que foi criada naquele decreto, tinha um só alvo: Daniel.
Imagina hoje uma Constituição toda formada. Mas ai vem o monte. De homens, 120 homens, 122 homens, digamos. E arquiteta engendra uma lei para prejudicar uma pessoa.
E olha que coisa mais intrigante, né gente? A gente às vezes ficam muitas sim, achando que as coisas como nós somos do Senhor as coisas vão funcionar muito bem. Pode ficar tranquilo, vai dar tudo certo. Gente, eles eram três. De igual autoridade, o rei tinha Daniel como algo acima dos dois. Era o desejo do coração do rei colocar Daniel sobre todos, mas isso não impediu daqueles homens articularem com o rei uma lei que pudesse prejudicar Daniel. E Daniel nem foi chamado como conselheiro.
Pois esse mundo não quer o nosso bem. Esse mundo não quer o nosso bem. A gente às vezes fica se achando que eles vão fazer de uma forma, porque Deus está conosco e vai estar tudo certo. E essas pessoas, em nome de Jesus, essas pessoas não vão conseguir esse intento. A lei foi promulgada.
Como diz o texto, nada pode mudar o que vai acontecer. Não tem mais sonhos, planos. Os nossos desejos, ss nossas vontades. Tudo foi findado em um dia. Estava tudo bem até aquele dia. Mas nesse dia a sorte de Daniel mudou.
Tudo foi feito sem a presença de Daniel. Não tinha saída. Nós vamos ver aí no versículo 15 e no versículo 17, nenhum decreto que o rei sancione se pode mudar no 17 para que nada se mudasse a respeito de Daniel. Ele vai para a cova dos leões e é inevitável. E nós sabemos. Deus não livrou Daniel de ir para a cova dos leões e é muito significativo.
Isso aperfeiçoa nossa fé. O que nós esperamos e como nós esperamos o nosso Deus.
E era, irmãos, uma coisa tão simples, mas tão simples. Meu Deus, que simplicidade era simplesmente atender aquele decreto. Poxa Daniel, são só 30 dias. Para de orar não entra no seu quarto. Não faça orações. Não faça ações de graça. Não fique de joelhos. É só 30 dias. Versículo 17 diz: Por espaço de 30 dias, só. Só 30 dias. Versículo 12 reforça por espaço de 30 dias.
Irmãos quem tem uma rotina, às vezes nós ficamos debilitados. Rotina é complicada quando você quebra. Às vezes a gente sai de férias. Eu não sei se eu gosto de sair de férias para poder descansar, que parece que eu volto sempre mais cansado.
Meu Deus,como é ruim quebrar a rotina. 30 dias, Meu Deus! Eu não sei quanto a vocês, mas eu tenho dificuldade de colocar minha rotina do dia a dia nas férias. E quando eu falo, falo dessa rotina, eu falo de levantar, estar com Deus, comer da Sua Palavra e beber do Espírito Santo.
Esses dias agora sair com a Milene, a gente. A gente ficou dois dias fora comemorando aniversário de casamento. Meu Deus, que misto de alegria de estar ali com a minha esposa! Mas, ao mesmo tempo, parece cadê o lugar que eu tenho preferência em ajoelhar? Cadê o lugar que eu estou acostumado a comer na presença de Deus?
Como é cravar? Uma ferida no meu coração? Deixar um dia de estar diante de Deus?
Todos nós, de alguma forma, sabemos que a rotina por 30 dias deixada é difícil de você retomar. Nós precisávamos sermos pessoas assim. Eu não posso ficar um dia. Pode ser que eu me acostume com isso. Eu não quero me acostumar a ficar longe desse lugar. Não encontro.
Não, não me fora em 30 dias. Eu não quero ficar um dia fora do lugar aonde Deus me quer diante dele. Daniel ele está num patamar muito precioso, porque é três vezes ao dia. Meu Deus, eu mal tenho um dia ou um período do dia. Mas eu louvo ao Senhor pela graça que foi me derramada, para que eu possa estar nesse dia, nesse único momento do meu dia diante do meu Deus, com fome da Palavra de Deus, com sede de experimentar do seu Espírito.
Irmãos Daniel, ele não aceitou isso, Daniel. Ele tinha um apreço com o rei. Ele servia um rei como ser sevice o próprio Deus. Mas tem coisas que Daniel não negociou. Daniel não negociou o espaço para Deus. Daniel não negociou a sua rotina de devoção. E foi justamente por esse lado que os seus inimigos levaram ele para as coisas difíceis.
Será que vocês não lembram? Será que nós não podemos lembrar do que aconteceu quando Moisés chegou diante de Faraó “Liberta meu povo libera o meu povo.” “Para que eu vou fazer isso, Moisés? Que loucura é essa que você está querendo?” Moisés, Liberta o meu povo, diz o Senhor, para ir ao deserto celebrar uma festa. E o que que o Faraó fala? Você é muito atoa, Vou te dar mais serviço, para você não ficar com o tempo pensando no negócio, nessa nóia aí de ir para o deserto, ir para um lugar de distanciamento desse mundo, de distanciamento dessa sociedade, de distanciamento das pessoas, de distanciamento das taras das coisas terrenas para estar com Deus no deserto.
Para estar com Deus no vazio, num lugar onde não tem ninguém, só você e Deus.
Todos eles ficaram de olho no caráter de Daniel e não conseguiram nada.
Procuravam ocasião para acusar Daniel a respeito do reino, mas não puderam achar nada nem culpa alguma. O caráter deve vir com devoção e nós? A gente precisa compreender, sem sombra de erro, sem nenhuma linha de erro.
Se nós fôssemos chamados. Para viver por causa de caráter. Tem gente muito melhor do que nós no mundo sem Jesus.
A gente confunde testemunho com falar com o que Jesus fez para a gente, pra a gente ficar alegre, feliz. Vou dar um testemunho aqui para os irmãos: “Olha, eu estava com dívidas e Jesus ajudou e eu paguei minha dívida. Glória a Deus! Aleluia!” A palavra testemunho nas Escrituras, principalmente em Atos, é mártir
É falar o que viu e testemunhar o que ouviu, o que sabe. Muitos homens morreram por causa disso. Testemunhar. É falar o que sabe do que viu e o que ouviu. Nós não fomos chamados irmãos para exercer nosso caráter desligado da devoção, nós somos chamados para sermos homens retos, honestos, santos, mas devotos. A nossa devoção ela é a marca do que diferencia a gente de muitos homens ilibados que tem nesse mundo. Ninguém vai para a vida eterna, porque tem bom caráter. A vida eterna ela é concedida pela fé, e a fé denota devoção.
Devoção de joelhos marcados. Imagina o joelho de Daniel. Costume dele três vezes ao dia.
Joelhos marcados. Oração. Ações de graça. Diálogo com Deus. Irmãos, essas coisas são tão sérias que nem a gente servindo a Deus vai escapar. Às vezes a gente quer nos colocar como alguém que está fazendo as coisas para o Senhor. “Olha, eu estou fazendo as coisas para Deus. No meu teclado, no meu violão, na minha bateria.
No meu ministério infantil, no meu ministério de jovens. Olha, estou servindo a Deus todo alegrezinho”. Chega diante do Senhor e fala assim: “Senhor, em teu nome eu fiz isso em teu nome eu fiz aquilo.” E Jesus ali já findou a paciência. A gente precisa ter essa noção. Chegará o tempo que findará a paciência de Deus. Em vez da paciência, fúria e juízo, naquele dia, diz Jesus que chegara muita gente pagando de alegre, que fez várias coisas para Deus, cheio dos dons.
E Jesus: “Afastai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade, porque eu não vos conheço.” Iniquidade igual a distanciamento. Vou fazer um parafraseado para nós entendermos na prática que é iniquidade. É igual a distanciamento do quarto secreto.
Porque para Jesus, o que está importando aí é o relacionamento que você tem com Ele.
Se a gente for olhar os textos, os textos, as Escrituras, nos chama muito mais para sermos maduros.
Deixarmos de sermos crianças, encararmos as coisas como elas realmente são do que fazer de conta que não é com a gente. Ainda há tempo de estabelecer um relacionamento com Deus. Você se foi salvo. Você tem um elemento dentro de você que é uma porção da vida de Deus chamada fé. E se você não usá-la e se aperfeiçoar nela, você vai estar aprovado, no dia que Jesus aparecer para você.
O plano das trevas irmãos, o plano arquitetado do sistema é afetar nossa comunhão diária com Deus. Lembra de Daniel debaixo de ameaças? Mesmo debaixo de ameaças. Daniel dá continuamente. Ele está ali continuamente, com suas práticas piedosas. O texto diz: Quando Daniel soube que estava escrito, já estava decretado o que ele fez? Ele foi diante do rei. “Tem que servir quanto tempo? Olha minha idade. Já tô no fim da vida. Rei Dario, dá para perceber que você gosta de mim. Você vai deixar isso acontecer mesmo? Eu sinto uma química.
Mas Daniel não foi até o rei. Ele entrou em sua casa e de imediato foi para o quarto.
A fidelidade de Daniel com o rei, seu senhor, estava restringida ama coisa só: a sua fidelidade ao Deus vivo. Ele não abriria mão disso, como se ele dissesse: sou fiel ao rei até o ponto de não complicar a minha fé em Deus.
Até o ponto de não afetar minha consciência, porque minha consciência está cativa no Deus vivo. Não abrirei mão da minha devoção a Deus, não importa o que aconteça diante de mim. As coisas podem ruir na minha vida, estar por um fio. Não abrirei mão da minha fidelidade com Deus. A gente tem uma ideia, irmãos, que o dia que as coisas apertarem, aí a gente vai ser assim, fiel.
O dia que as coisas realmente, como diz as Escrituras, que haverá uma certa perseguição, os cristãos serão burilados. Aí a gente tem a ideia que naquele dia a gente começa a mudar. Aí a gente começa a buscar mais a Deus ou até mesmo uma coisa bem, bem marota, bem pueril, de achar que no último dia eu vou conseguir reatar com Deus e vai estar tudo resolvido. Ledo engano.
Se a gente pegar o teor, a essência das Escrituras tem uma nota maior. Não dá tempo. Não dá tempo. E o mundo tem outra, outro tom bem suave. Calma. Uma canção de ninar. Calma, dá tempo, fica tranquilo. Você lê a Bíblia depois. Você tem outras urgências. Você ora depois. Olha, seu dia está conturbado. É uma canção que não vem de Deus.
O som profético das Escrituras não dá tempo. Anuncia aos quatro cantos dessa terra que Jesus está voltando e Ele voltará. E que Ele irá cuidar da sua igreja. Uma Igreja que seja imaculada, santa, postura de alguém que deseja e ama a volta de Cristo. Não dá tempo.
Há um clamor no nosso interior, dizendo: é urgente. É urgente! E o mais intrigante é que nós possamos nos entregar a essa urgência. Por quê? Porque é o Espírito Santo que vai nos capacitar a viver tudo isso de maneira nobre, edificante, alegre. Mas firmes no propósito de Deus, firmes na promessa. Quando o texto diz "Guarda a que horas estamos da noite?" O que nós respondemos? Parece que tem tarde a noite, mas tá tudo bem.
Não, irmãos, não está tudo bem. Tem gente morrendo sem Jesus. Não está nada bem. Tem gente morrendo sem conhecer Jesus, e essa é nossa responsabilidade. Não está nada bem. Valorizar o sangue derramado de Jesus e confessar a nossa fé àqueles que são distantes. Não está nada bem. Daniel soube que o documento tinha sido assinado pelas costas.
Como nós dizemos, ele não foi atrás do rei para questionar, não foi tomar satisfações nem articular uma solução para o seu problema particular. Ele manteve a fidelidade na sua rotina piedosa. Tem uma coisa que é muito comum a gente ouvir no meio empresarial, principalmente na área comercial.
Alguém quer motivar a equipe e fala assim: "Olha, nós precisamos matar um leão por dia". Levanta a competitividade, levando, de certa forma, a uma entrega, a se entregar grandemente para os desafios, para superá-los diariamente. "Matar um leão por dia" é o lema de muitos.
Os nossos desafios. As barreiras que estão diante de nós Não somos nós que vencemos. Essas batalhas são conquistadas na cruz. É por isso que Daniel, em vez de ir atrás de socorro humano. Ele vai continuar com a sua rotina de quarto secreto, esperando, confiando em Deus que pode fazer todas as coisas. Lembro dos amigos de Daniel quando o rei falou assim “Ah, vocês vão tudo para a fornalha”. E ele fala assim: “Pode mandar, pode nos mandar para a fornalha. E nós vamos mesmo. O Deus Todo Poderoso vai nos livrar da fornalha.” Essa é a parte que nós gostamos, mas eles falam assim também: “E se ele não se livrar, fique sabendo ó rei, que não dobrarmos os nossos joelhos perante o senhor, porque somos servos do Deus Altíssimo, para a morte ou para a vida, somos do Senhor e a tua palavra.”
Então, esse dito popular para superar as nossas demandas diárias, nossos problemas, é algo que a gente deve imitar. Nós devemos esperar no Senhor porque Ele faz com que a boca dos leões não se abra. Se as dificuldades vierem sobre nós, elas não têm poder para nos afetar. Sabe qual é o principal problema para nós? Perdemos a fé, não perdemos as coisas. As coisas nós não vamos levar para aquele lugar bendito de bem-aventurança, mas nós não podemos perder a fé. E o termômetro, amados. O termômetro que nos mostra que estamos perdendo a fé é medido pelo meio em que nós expressamos nossa devoção.
De acordo com o que estamos aqui, procurando se atentar à essência, irmãos, de nós darmos lugar à nossa devoção é entrarmos no nosso quarto, fecharmos a porta, orarmos a Deus Todo-Poderoso, Pai da eternidade, que está no céu, e Ele nos vendo em secreto, nos recompensará. Ele precisa liberar essa chave. Nossos membros querem ter domínio, controle.
Isso está nos matando, irmãos. Isso está nos matando. A gente não aguenta o problema e se rende a ele. A tensão da rotina, o expediente que chega, nos sufoca. Nós estamos nos entregando, irmãos, aos decretos desse mundo. Lute com Deus para que o seu coração seja esvaziado dessas coisas Lute com Deus para que você esteja com Ele todos os dias. Lute com Deus para que Deus, de alguma forma, como fez com Jacó, possa te marcar e você nunca mais será o mesmo. Você ficará marcado ao ponto de ser chamado o Deus de Jacó.
Ao ponto de você ser lembrado como o Deus de Jacó. Se deixe ser marcado em um lugar de esvaziamento. O lugar deserto é onde não tem distrações. Onde eu não aceito atender outro. Por quê? Porque o Rei do Universo está aqui comigo. Porém, ninguém tem o direito de tocar nesse momento meu com Ele.
Rotina. Planejamento para estabelecer essa rotina. Não abrir mão dela.
Porque a única coisa que sobrou para Daniel foi o seu relacionamento com Deus. Quem de nós tem um relacionamento com Deus dessa forma, irmãos? Daniel confiou em Deus, se entregou à justiça d’Ele, não se deixando levar pelo desejo da queda de seus inimigos. Você não vê Daniel orando: "Senhor, livra-me dos meus inimigos". Pelo contrário, Daniel, pelo teor do texto, dá a impressão de que ele foi como um cordeiro ao matadouro.
Alguém que não tinha nenhuma pretensão de livrar sua própria pele. Alguém que realmente estava confiando em Deus, apesar de seus inimigos. Porque, irmãos, o modo de ser de Daniel é o mesmo modo de ser que Jesus nos chama a ter. O nosso íntimo deve ser movido por um espírito que nos leva a orar pelos nossos inimigos. É assim que Jesus nos chama. É daí que vamos entender que, além de orar pelos nossos inimigos e por aqueles que nos perseguem, nós precisamos amar os nossos inimigos.
Então, não sei quanto a você, mas se você já pensou nisso, a gente não tem a opção de não gostar de pessoas. Nosso ponto é amar.
Ah, eu não gosto de fulano. Você está se entregando como alguém desviado.
Nós precisamos trabalhar o homem interior para corresponder ao que Deus deseja, o que Jesus deseja de nós: que venhamos a amar os nossos inimigos. Que dirá o nosso irmão "enjoadinho"?
Nós somos diferentes. Nós oramos pelos nossos inimigos. Bendizemos aqueles que nos maldizem. Nós fazemos bem aos que nos fazem mal. Tudo isso foi o que Jesus deixou para nós. Cruz, chamado de cruz, chamado de entrega. Chamado para andar nas suas próprias pisaduras.
Não é à toa que somos chamados de pão. Pão para se partir em favor de outro. Uma lição que precisamos entender é que, olhando por todo esse contexto, no final das contas, Deus é soberano. Deus é soberano. Deus tem o controle absoluto de toda a história.
Confiar nessa verdade, irmãos, é a fonte para nos preservar de sermos influenciados de alguma maneira na rotina da devoção diária. Olha o que nós estamos falando, gente!
Confiar que Deus é soberano, que Ele controla tudo, toda a história, vai nos favorecer para não largarmos mão do espaço para Deus todos os dias de nossa vida. A gente não tem espaço para Deus porque estamos aceitando os decretos do diabo na nossa vida.
Está no pacote a nossa falta, nossa ideia de inadequação. A falta de administração do tempo. Isso é negligência. Já diz o Senhor que nós não podemos fazer a obra do Senhor relaxadamente, negligentemente. Nós somos chamados para viver com idoneidade, com sinceridade de coração, como obreiros na casa de Deus, como obreiros para aqueles que precisam do serviço da Igreja.
Amados, estão enxergando isso em nós? Quanto maior a nossa condição de "sem saída", maior é o poder de Deus sobre nós, porque Ele quer ser glorificado, Ele é digno de ser glorificado. E o nosso testemunho de fidelidade precisa ser mantido. Outro aspecto é que Daniel, com seus 80 anos, ainda é aprovado na fé. Ou seja, irmãos, nossas provações não serão retiradas por causa da nossa idade avançada.
A alegria que nos traz a paz não são as coisas terrenas, é Cristo. Jesus Cristo, nosso Senhor. Quero ler de novo, finalizando aqui. Quero ler novamente o versículo dez para a gente compreender que esse é o nosso chamado. Essa é a nossa forma de expressar nossa devoção. Essa é a principal forma de expressar a nossa devoção: “Daniel, pois, quando soube que a Escritura ou que o decreto estava assinado, entrou em sua casa e, em cima, no seu quarto, onde havia janelas abertas do lado de Jerusalém, três vezes por dia se punha de joelhos e orava e dava graças diante do seu Deus, como costumava fazer.”
Mensagem ministrada na Comunidade de Cristão Betesda na manhã de domingo em 06 de outubro de 2024 por Carlos Santos.
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