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I Coríntios 3:11 - Cristo, o Firme Fundamento

Atualizado: 20 de nov.




Bom dia Dia irmãos! Graças a Deus! Que bom estar com vocês aqui nesta manhã, mais uma vez podendo compartilhar da Palavra, trazer um pouquinho daquilo que o Senhor tem ministrado ao meu coração. Eu gostaria de fazer uma oração antes de começar. Amém. Se você puder, feche seus olhos. Senhor, eu te louvo e te agradeço, Pai, por esta manhã. Te louvo, Jesus, porque sempre é um privilégio poder falar sobre o Senhor e ouvir o Senhor. E nessa manhã, Jesus, mais uma vez o Senhor nos dá essa oportunidade. Amém. Jesus, de poder falar e ouvir e aos irmãos de poder ouvir do Senhor nessa manhã, que todas as porções que o Senhor tem sobre nós venham sobre este lugar, que nada seja retido. Deus, mas que a nós seja entregue aquilo que vem do Senhor Jesus. Eu sei que muitas vezes nós entramos nesse lugar querendo tantas coisas com o coração tão cheio de expectativas. Deus, como tem sido dito aqui nos últimos domingos. Mas o que eu oro, Pai, é para que nessa manhã o Senhor seja a nossa esperança maior. Que as nossas expectativas sim, sejam supridas Deus, mas não por aquilo que nós queremos, mas pelo Senhor, que vai muito além daquilo que nós queremos, que está muito à frente dos nossos pensamentos e da nossa compreensão.

Jesus, eu te agradeço de coração por estar aqui e peço que o Senhor fale conosco em nome de Jesus. Amém. Amém.


Irmãos, antes de começar eu queria pedir licença para agradecer. Hoje tenho um casal de amigos meu aqui, sejam muito bem-vindos. Amém. Tem mais algum visitante também aqui nessa manhã? Deus abençoe você. Seja muito bem-vindo aqui. Amém.


Eu quero compartilhar com os irmãos a respeito de uma palavra. Na verdade, há um mês atrás eu compartilhei uma palavra que é de alguma forma aquilo que nós vamos meditar nessa manhã. Tem uma certa relação com aquilo que eu trouxe nessa última palavra. No mês passado, e eu sei que alguns irmãos não estiveram aqui naquele culto. Então, de alguma forma eu quero trazer, tentar trazer em poucas palavras aquilo que foi dito naquele culto, para que nós possamos entender melhor aquilo que vai ser dito nessa manhã que tem muito a ver com o assunto.


Então, naquela oportunidade, irmãos, eu trouxe uma palavra que o Senhor compartilhou ao meu coração, falando um pouco do processo do povo de Israel saindo do cativeiro da Babilônia e retornando para Jerusalém. Ali, no contexto dos livros de Esdras e Neemias, onde a gente tem a volta, como começa a volta daquele povo voltando para Jerusalém e o Senhor trazendo algumas direções para que houvesse novamente uma reconstrução daquele lugar.


E é interessante porque, como eu havia dito naquele culto, o povo de Israel, naquele tempo, estava voltando fisicamente. Existia um caminho de volta para Jerusalém, um caminho de reconstrução, mas muito mais do que algo físico, existia um contexto espiritual ali para aquele povo. A Bíblia nos relata que eles se perderam ao longo de muitos e muitos anos na história do povo de Israel, onde muitas coisas aconteceram e o coração foi se desviando de estarem no Senhor. Então aquela volta para Jerusalém significava uma reconstrução física, mas também era uma reconstrução espiritual. Era uma volta de um povo que precisava se converter ao Senhor.


E como eu disse naquele culto, nós estamos num contexto muito semelhante, porque dia após dia nós precisamos trilhar um caminho de volta para o Senhor. Os irmãos vão concordar comigo que a gente vive num contexto natural, em que se você não estiver com o seu coração convertido ao Senhor todos os dias, você e eu, nós nos perdemos no caminho. Eu não vou dizer que é mais fácil ou mais difícil do que em outros tempos, mas o que eu sei é o tempo que a gente vive e este tempo é um tempo difícil. Irmãos, se o nosso coração não estiver em Cristo dia após dia, é muito fácil se perder.


E naquele contexto ali no livro de Esdras e Neemias, a gente vê o Senhor trazendo algumas direções para que aquele povo fizesse fisicamente, naturalmente, que pra nós tem uma simbologia e até uma analogia com aquilo que a gente vive nos nossos dias. Aquele povo volta, o Senhor num primeiro momento fala pra eles: vocês precisam reconstruir o altar. Depois o Senhor fala: agora nós vamos reconstruir o templo. Depois nós vamos erguer os muros e, por fim, vamos colocar os portões de volta.


Era um contexto natural. Era uma cidade que precisava ser protegida. Era um povo que adorava ao Senhor. Então eles colocam o altar, edificam o templo, reconstroem os muros e colocam os portões. E cada um desses pontos faz uma referência às nossas vidas: uma vida de altar e uma vida de devoção ao Senhor, uma vida de entrega, uma vida de lugar secreto, uma vida de intimidade, uma vida onde nós nos relacionamos com o Senhor dia após dia. Você erguer o templo fala sobre o seu corpo físico e também da sua relação com os irmãos. Então é um cuidado consigo mesmo e um cuidado para com o outro.


Quando nós colocamos os muros, simboliza proteção. Significa nós estarmos guardados, atentos. Não permitimos que algo além daquilo que queremos tenha acesso às nossas vidas. E por fim, os portões são uma simbologia de um filtro. Portão é um lugar de entrada e de saída. Então quando a gente fala de assentar as portas ou os portões, significa você ter filtros na sua vida daquilo que você quer que saia de você, mas também do que quer que entre na sua vida.


Nesse contexto, olhando para o cenário do povo de Israel, identificamos nas nossas vidas pontos que são uma conexão para avançarmos numa vida sacerdotal. Porque avançar numa vida sacerdotal é avançar numa vida de relacionamento com o Senhor. Então, você precisa de um altar. É fundamental ter uma vida de intimidade, oração, práticas e disciplinas espirituais. Mas a gente precisa avançar. Não para só no altar.

Você precisa de uma vida de cuidado com você e com o outro. Precisa de uma vida onde protege a sua casa, sua família, e de uma vida onde coloca filtros para determinar, no Senhor, o que deve ou não fazer parte da sua vida.


Foi isso que o Senhor trouxe ao nosso coração naquele culto. Hoje, vamos entender a importância de construirmos esses pontos, mas com Jesus como o fundamento. Sem isso, nada se sustenta.


Existia uma base para você poder edificar esses quatro pontos. E nessa manhã eu quero falar um pouco exatamente sobre isso: antes de entendermos esse avanço no sacerdócio de uma vida no Senhor que reflete sobre esses quatro pontos, precisamos considerar algo por trás, algo básico e fundamental que deve ser colocado em primeiro lugar. Quero ler um texto na palavra. Está no livro de Primeira Coríntios, capítulo três. Deixe-me abrir também aqui.

1 Coríntios 3. Vamos ler a partir do versículo nove.

Amém. Vamos ler a palavra do Senhor. Diz assim: "Pois nós somos cooperadores de Deus. Vocês são lavoura de Deus e edifício de Deus. "Grave essa palavra: edifício. "Conforme a graça de Deus que me foi concedida, eu, como sábio construtor, lancei o alicerce, e outro está construindo sobre ele. Contudo, veja cada um como constrói, porque ninguém pode colocar outro alicerce além do que já está posto, que é Jesus Cristo."


Na minha versão está alicerce; na sua pode estar fundamento, que é até uma versão mais interessante para o que vamos falar. Irmãos, uma coisa é fato: Jesus é o centro do evangelho, o fundamento do nosso evangelho. Então, se na sua vida espiritual Jesus não está no centro, algo está desalinhado. Precisamos reafirmar essa verdade sempre, porque, infelizmente, tendemos a esquecê-la.


À medida que avançamos na vida com o Senhor, vamos agregando coisas: fazeres, saberes, dons, práticas, ensino, discipulado, palavra. E, muitas vezes, aquilo que deveria ser o centro sai do centro, que é o Senhor. Nesta manhã, vamos entender a importância de construirmos e edificarmos esses pontos falados anteriormente, sempre lembrando que Jesus é o nosso fundamento.


Jesus precisa ser as primícias do nosso evangelho. Não há espaço para nada nessa base de edificação se não for o Senhor Jesus Cristo. No cristianismo, a base é o Senhor. Ele é o fundamento. É comum, irmãos, trocarmos essa essência por outras coisas legítimas. Não estou falando de pecados ou práticas que desagradam ao Senhor, mas de coisas legítimas que, por vezes, tomam o lugar do centro.


No Novo Testamento, a Bíblia traz muitas analogias e comparações para ilustrar significados. Aqui, em Coríntios, Paulo nos compara a algo edificado, fundamentado. Para entender melhor isso à luz do evangelho, quero trazer alguns conceitos sobre fundação, alicerce, ou fundamento, como preferir. No contexto natural de uma edificação, as fundações são a primeira etapa para construir algo sólido e seguro.



Para construir um prédio, casa ou qualquer outra estrutura, precisamos ter certeza de que estará bem fundamentada. As fundações, mesmo invisíveis porque estão sob a terra, são essenciais. Se forem bem feitas, trazem muitos benefícios; se mal feitas, causam grandes problemas. No evangelho, isso nos ensina que Jesus é o nosso fundamento, garantindo segurança.


Muitas vezes, colocamos nossa segurança em coisas, pessoas ou circunstâncias, fugindo da centralidade de Jesus. Trabalhamos, cuidamos de nossas casas, confiando que o salário é nossa segurança. Mas e se não houver salário? Você ainda confiará que Jesus é sua segurança?

Passei por um período difícil financeiramente no meu casamento. Enfrentamos portas fechadas, problemas de trabalho, e as orações pareciam não ser respondidas. Ficava pensando: “É pecado? Está faltando jejum ou oração?”. Mas, no fundo, Deus simplesmente não queria. E, quando o Senhor diz “não”, há algum argumento contra Ele?


Em Provérbios 3:26, está escrito: "Porque o Senhor será a tua segurança e guardará os teus pés de serem presos." E no Salmo 71:1: "Ó Senhor Deus, tu és a minha segurança."

O evangelho se baseia em ter Cristo como fundamento. Ele é a nossa segurança, independentemente das circunstâncias. Que possamos entender que Jesus deve ser sempre o centro, nossa base sólida, para que possamos viver firmes e seguros n’Ele.


Então, se Paulo diz que nós somos edificação, e se o Senhor Jesus é o nosso fundamento, então Jesus é a segurança dessa edificação, que é eu e você. E não tem outro lugar de segurança como no Senhor. Por mais que a gente tente. E olha que a gente tenta com muita força colocar a segurança em outras coisas. De fato, segurança há em Jesus.


Outra coisa interessante quando a gente fala sobre fundações: as fundações distribuem o peso de uma construção de forma segura para o solo, evitando deslizamentos de terra e problemas como rachaduras e trincas. Quando você edifica uma casa, um prédio, ou uma construção civil, as fundações têm o papel de fazer com que as tensões que atuam sobre essa edificação sejam transmitidas para o solo, evitando deslizamentos e problemas futuros na construção.


Sabe quando você começa a ver problemas de trinca e rachaduras numa construção? Pode ser um problema causado pelas fundações. Aquilo que é invisível aos nossos olhos, muitas vezes, nos leva a ver problemas visíveis se não estiver feito de maneira segura. As fundações têm o papel de evitar deslizamentos e problemas no solo, trazendo estabilidade para que a construção fique edificada num lugar sem problemas com aquele solo.


Jesus é o fundamento que traz estabilidade sobre as nossas vidas. Ele evita deslizes e nos livra de consequências estruturais. Vivemos em um tempo onde muitas pessoas estão desestabilizadas. Depois do período da pandemia, isso se agravou. Com certeza, você conhece alguém que, após esses anos, vive uma vida desestabilizada — emocional, física ou espiritualmente. Essas pessoas estão perdidas num contexto de vida. E não são apenas pessoas fora do Evangelho; muitas vezes, são pessoas dentro das igrejas.


As pessoas não conseguem mais estar num lugar como este, colocando sua segurança no Senhor e tendo um ponto de equilíbrio. Perderam a referência e o entendimento de quem garante uma vida segura. Quando entendemos que Jesus é o fundamento que nos garante estabilidade, percebemos que essa estabilidade começa de dentro e reflete para fora.


Muitas vezes, as pessoas estão instáveis por dentro, com emoções bagunçadas, cheias de conflitos e indecisões. Isso reflete para fora. E não estou dizendo que não passamos por períodos de instabilidade. Todos nós passamos. Mas, se você está bem fundamentado, não importa o que aconteça: o seu centro de equilíbrio e segurança será o Senhor.


Eu me lembro de um período em que eu e minha esposa, Cris, perdemos nossa primeira filha. Com certeza, esse foi o maior período de instabilidade da minha casa desde que me casei. Hoje, anos depois, olho para trás e pergunto: “Senhor, como chegamos até aqui?” Eu sei a dor, os enfrentamentos e as dificuldades que vivemos. Ainda existem coisas que o Senhor trabalha até hoje, orações sem respostas, mas estamos aqui. Isso só é possível porque o Senhor nos sustentou.


Todos nós enfrentamos momentos difíceis e olhamos para trás pensando: “Como cheguei até aqui?” Essas experiências nos mostram que, quando estamos fundamentados no Senhor, encontramos segurança e estabilidade, mesmo em meio às adversidades.

As fundações de uma construção transmitem as cargas para o solo, como o peso do edifício e as condições externas. Ventos, chuva e outras ações externas atuam sobre a edificação. Essas tensões precisam ser descarregadas no solo para evitar colapsos. De forma similar, Jesus é aquele que descarrega as tensões da nossa vida. Todas as ações externas que poderiam nos levar ao colapso são retiradas por Ele.


Minha mãe costumava dizer: “Tudo passa.” E passa mesmo, mas só passa quando descarregamos nossas tensões no Senhor. Caso contrário, podemos carregar pesos desnecessários por anos, que trazem colapso à nossa estrutura física e emocional.

Jesus é o fundamento que nos permite viver aliviados. Ele não nos isenta de ações externas, mas permite que elas entrem e saiam, sem nos destruir. Mateus 11:28 diz: “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” Ele nos convida a trazer nossas cargas a Ele, porque só Ele pode nos sustentar.


Quando as fundações de uma obra não são feitas adequadamente, surgem problemas. Isso também ocorre na vida espiritual. Se estamos fundamentados em algo que não seja Jesus, em algum momento, enfrentaremos problemas estruturais. Ele é o ponto principal de segurança e estabilidade. Mesmo coisas boas, quando fundamentadas no lugar errado, podem causar problemas.

Portanto, uma vida fundamentada no Senhor é a garantia de que, apesar das adversidades, encontraremos estabilidade e segurança. Que possamos construir nossas vidas sobre Ele, nosso fundamento seguro.


Também queria estar vivendo esse aspecto, mas eles não estão fundamentados no lugar certo, e isso pode trazer — ou melhor dizendo, em algum momento vai trazer — um sério problema. O nosso evangelho precisa estar fundamentado no Senhor. Tem uma canção que eu gosto muito que diz assim que Cristo é o fundamento da Igreja e nada se sustenta fora dele.


De fato, isso é uma verdade. O centro, o fundamento de nós, como Corpo de Cristo, é o próprio Senhor Jesus. Nada se sustenta fora dele. Você pode até construir um prédio muito bom com uma fundação ruim, mas ele não vai se sustentar. Então, meu irmão, olhe para a sua vida e comece a pensar: Deus, será que aquilo que eu estou construindo, além de ser algo bom, está sendo algo fundamentado no lugar certo — ou melhor, fundamentado na pessoa certa, que é o Senhor? Será que as obras que o Senhor tem colocado nas minhas mãos, as coisas que eu tenho feito e o evangelho que eu tenho vivido estão fundamentados no Senhor? Ou será que vai chegar o momento em que eu vou entrar em colapso, em que vou precisar fazer reparos ou, de alguma forma, serei condenado, porque não estou fundamentado no Senhor?


A gente precisa, irmãos, fazer essa reanálise constantemente. Mas uma coisa boa, como eu já falei, é que, mesmo que uma fundação tenha problemas — e olha que dificilmente há uma condenação —, há, sim, a possibilidade de fazer reparos. Então talvez hoje você não esteja devidamente fundamentado no Senhor, mas há a possibilidade de fazer reparos. Há a possibilidade de ir para a base do seu cristianismo e falar: "Senhor, eu preciso estar entre. Eu preciso que a minha fundação seja devida, para que a minha vida não seja condenada". Ainda há esperança. Se tem vida, irmão, tem esperança. Bem, você está vivo? Sim ou não? Então tem esperança, não tem? Depois que você partiu, foi, foi. Não foi, não foi. Mas, enquanto tem vida, tem esperança. Então olhe para o centro do seu cristianismo e fale: "Deus, vem cá fazer os reparos, porque não está legal a minha fundação".


Outra coisa, olha que interessante: Efésios 2:19-21. Vamos abrir. Vamos abrir nossa Bíblia. Livro de Efésios, capítulo 2. Nós vamos ler dois textos. Efésios 2:19-21 diz assim:

"Assim que já não sois estrangeiros nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra de esquina, na qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo do Senhor."

Agora, abra a sua Bíblia lá em 1 Pedro, capítulo 2. Vamos ler mais um texto. 1 Pedro 2:6 também diz assim:

"Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal de esquina, eleita e preciosa. E quem nela crer não será confundido." Amém.


Como eu falei para os irmãos, o Novo Testamento tem muitas analogias. Aqui, vemos uma segunda analogia falando sobre Jesus como o nosso firme fundamento. Nestes dois versículos que lemos, há uma analogia sobre Jesus como a pedra de esquina ou pedra angular. É muito interessante olharmos para essa analogia. Mais uma vez, precisamos nos valer do entendimento natural para compreender o que ela quer dizer.

Quando você olha para essa pedra e diz "pedra angular", antigamente, as construções eram feitas principalmente com pedras. Hoje, no nosso país, o elemento principal pode ser o tijolo ou o concreto, mas, naquele tempo, as edificações eram feitas com pedras. Em uma edificação daquelas construções antigas, quando se iniciava, era colocada uma pedra na junção de duas paredes. Era chamada de "pedra de esquina" por estar no canto ou "pedra angular". Aquela pedra era muito importante por dois aspectos:

  1. Alinhamento: Através daquela primeira pedra, determinava-se a continuidade da edificação. Ela era uma referência para colocar as demais pedras nas direções ou acima daquela pedra.

  2. Tensões estruturais: Era a pedra que suportava as maiores tensões, porque ficava na base. Todas as tensões da edificação passavam para ela. Por isso, deveria ser bem escolhida e bem lapidada para cumprir sua função.



Outra maneira de enxergar esse conceito é pensar em um arco. A pedra angular no arco é a principal. Ao construir um arco, começa-se das extremidades até o centro, onde é colocada essa pedra angular, que é cortada em ângulo. Ela traz estabilidade ao arco. Quando retirada a escora, as outras pedras permanecem no lugar.

Irmãos, enxerguem Jesus como essa pedra de esquina ou angular. Ele é quem traz alinhamento, estabilidade e prumo. Ele não permite que as coisas que são edificadas entrem em colapso. Traz isso para sua vida: Jesus é aquele que alinha, dá prumo e não permite que nada na sua vida entre em colapso. Esse é o Senhor que servimos.

Precisamos nos alimentar dessa verdade das Escrituras, porque, como eu disse, é fácil esquecer. Durante o louvor, enquanto estava sentado ali atrás, pensei nisso. Sou suspeito porque gosto muito de canções que colocam em evidência Jesus, sua centralidade. Hoje, todas as canções falaram muito disso, e eu estava cantando e refletindo com o Senhor.


Falei com Deus, pedindo perdão, Senhor. Quantas vezes eu chego nesse lugar? Quantas vezes venho para adorar ao Senhor, cultuar com os irmãos, ter um momento de comunhão com o Senhor e com a comunidade? E ainda assim venho de uma maneira tão sem reverência ao Senhor, como se estivesse encontrando o homem que me vende pão todos os dias ou a pessoa da feira que vende verdura.

Mas estou falando de mim. Quantas vezes venho à casa do Senhor e perco o senso de importância daquele que estou adorando. A gente vai perdendo a referência de olhar para Jesus como o elemento essencial que nos mantém. Eu, tantas vezes, digo que venho adorar o Senhor, mas passo longe de um caminho de reverência, enquanto minha mente está distraída, longe da adoração e da canção.


Esse pensamento me constrangeu durante o louvor. Enquanto ouvia e lia as canções, percebi como, frequentemente, perco a referência de quem o Senhor é em minha vida. Ele é o ponto focal de estabilidade, segurança e equilíbrio. O centro do Evangelho é Jesus, e isso precisa arder em nossos corações. Tudo o que fazemos deve girar em torno d’Ele. Não é o Senhor que orbita em torno de nossas vidas; nós é que orbitamos em torno de Cristo. Efésios nos ensina que todas as coisas convergem para Ele.

Jesus é o ponto focal de nossas vidas.


Vamos abrir em Lucas 6:46, que diz:"Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que vos mando? Eu vos mostrarei a quem é semelhante aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras e as pratica. Ele é semelhante ao homem que, edificando uma casa, cavou, abriu uma vala profunda e pôs os alicerces sobre a rocha. Vindo a enchente, a torrente bateu contra aquela casa, mas não pôde abalar, porque estava bem construída. Mas quem ouve as minhas palavras e não as pratica é semelhante a um homem que construiu sua casa sobre a terra, sem alicerces. A torrente bateu contra ela, e logo caiu, sendo grande a sua destruição."


Lucas repete esse ensinamento encontrado também em Mateus 7:24-29, onde Jesus compara dois tipos de pessoas: aquelas que ouvem Suas palavras e as praticam, e aquelas que apenas ouvem. O texto mostra que não basta ouvir; é necessário cavar fundo, construir na rocha. É isso que diferencia aqueles que têm um relacionamento superficial daqueles que buscam profundidade com Deus.


Assim como na construção de uma casa, onde as fundações precisam alcançar camadas profundas e estáveis, nossa vida espiritual exige o mesmo. Em Santos, SP, prédios construídos com fundações superficiais na década de 1950 começaram a inclinar porque o solo instável não suportava o peso. Só em profundidades maiores encontraram rocha firme para corrigir essas estruturas. Isso ilustra bem como precisamos cavar mais fundo em nosso relacionamento com Cristo.


A diferença entre uma vida cristã superficial e uma profunda não está no local, mas na profundidade do relacionamento. Não é sobre estar no mesmo lugar, mas sobre o nível de comprometimento com o Senhor. Cavar na rocha significa buscar estabilidade e segurança Nele, indo além das camadas superficiais da vida.


Assim como engenheiros sondam o solo antes de construir, precisamos pedir a Deus que sonde nossos corações e mentes, como está em Salmos 139:23:"Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos."

E também em Jeremias 17:10:"Eu sou o Senhor, que sonda o coração e examina a mente, para recompensar a cada um conforme a sua conduta, conforme as suas obras."


Peçamos ao Senhor que sonde nossas vidas, revele onde estamos edificando nossa fé e nos leve a cavar mais fundo, até encontrarmos o solo firme de Sua presença. Que hoje possamos abrir o coração e deixar que Ele nos leve a um lugar de estabilidade e profundidade. Amém.

Fiquemos de pé e louvemos ao Senhor! Glória a Deus!


Mensagem ministrada na Comunidade de Cristão Betesda na manhã de domingo em 10/11/2024 por Alehandro Henrique

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