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Jeremias 29:1-13 - Os Planos de Deus e o Nosso Coração

Atualizado: 12 de mar.



Paz, amados. Vamos abrir em Jeremias, capítulo 29.

Eu vou ler na King James Atualizada.

Deve estar um pouquinho diferente da de vocês. Versículo 11:

Diz assim a Palavra de Deus: "Porquanto somente eu conheço os planos que determinei a vosso respeito, declara o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não lhes causar dor e prejuízo. Planos para dar-vos esperança e um futuro melhor."

Podemos ter outra palavra de oração?

Na riqueza da Tua palavra, rogamos pela parte que nos cabe ser.

Enche-nos, meu Deus, de uma expectativa de que o Deus que falou ao Teu povo no tempo de Jeremias é o mesmo Deus que pode falar aos nossos corações hoje.

Dá-nos um despertar de espírito, que nos ajude a ter uma visão adequada de nossa identidade, de nossos papéis, de nossas responsabilidades, do nosso destino.

Há cura no Senhor, com o poder e com o teor da Tua Palavra.

Queremos mais de Ti.

Fere-nos com fome de Ti.

Acessa o nosso íntimo.

Preenche-nos, meu Deus, com um contentamento pela Tua Palavra. Ela é a verdade. Ela é a nossa liberdade.

Queremos muito, Senhor, que o Senhor possa chacoalhar os nossos corações, renovar a nossa mente e nos dar um espírito de ousadia para viver o tempo presente.

É por Ti e para Ti que nos entregamos aqui, rendidos aos Teus pés, no espírito da Palavra. No nome santo de Jesus. Amém.

O texto que nós lemos faz parte de uma carta que o Senhor falou para Jeremias escrever e enviar para Babilônia. O rei Zedequias, que estava ali em Jerusalém, enviou alguns homens para que essa carta chegasse até Nabucodonosor na Babilônia. Jeremias, através desses homens, fez com que essa carta chegasse àqueles que já estavam ali cativos.

Muitos deles eram líderes, pessoas da nobreza, parte da primeira leva que Nabucodonosor levou de Jerusalém para a Babilônia. Essa carta tinha como objetivo trazer uma instrução de como o povo deveria se portar ali. Logo nos primeiros versículos, com todo esse endereçamento e explicação das pessoas envolvidas no processo, vemos que ela foi lida ao povo de Deus que estava no exílio.

No versículo 4, o Senhor diz na carta: "Assim diz o Eterno Todo-Poderoso, o Deus de Israel, a todos os exilados que desterrei de Jerusalém para Babilônia."

Aqui podemos enxergar duas coisas.

Podemos ver que Deus é soberano. Ele tem seus servos e usa quem Ele quer. No caso aqui, Ele fez uma movimentação pedagógica nas Escrituras, apontando que da boca de Nabucodonosor, o seu servo, viria disciplina ao povo. Vemos isso escrito em Jeremias 25:9, Jeremias 27:6 e Jeremias 43:10. Deus usou Nabucodonosor para disciplinar o Seu povo.

O povo recebeu muitos e muitos profetas, oráculos, homens de Deus que, vez após vez, alertavam que estavam fazendo o que não agradava ao Senhor. Mas, ao que parece, não deram ouvidos à voz de Deus. Preferiram seguir seus próprios corações.

Isaías 14:27 diz: "Porque o Senhor dos Exércitos o determinou. Quem o invalidará? E a Sua mão está estendida. Quem, pois, a fará voltar atrás?"

Os decretos de Deus são irrevogáveis. Se Ele diz que fará algo, Ele fará. Ninguém pode impedir os Seus planos. Deus usa quem Ele quer, e Nabucodonosor foi o chicote para o povo de Deus.

Mas, em toda essa soberania, Deus também se revela como Pai. Ele disciplina os filhos.

Vemos isso em Provérbios, quando Salomão adverte: "Meu filho, não rejeites a disciplina do Senhor, nem te aborreças com a Sua repreensão, pois o Senhor disciplina quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem se agrada."

Aqui, Salomão destaca a importância de aceitar a disciplina como um sinal de amor e favor divino.

É necessário ver Deus como Pai. Assim como temos pais terrenos que nos corrigem com amor — às vezes, até de forma severa —, Deus também nos disciplina por amor.

E isso não está apenas no Antigo Testamento. Em Hebreus 12:6, lemos: "Porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe."

Mais adiante, no versículo 10, vemos: "Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes de Sua santidade.

Olha só um propósito. Olha como Deus nos olha de uma forma paternal para nos levar a experimentar, apreciar e, de certa forma, nos conformar à santidade de Deus. A disciplina é vista como um processo educativo que produz frutos para Deus. Essa é a correção de um Pai amoroso. Agora, quando olhamos mais à frente...

Que o que diz na carta: Deus orienta o povo a considerar o lugar em que estão habitando. Eles precisam considerar aquele lugar como um lugar que precisa ser próspero para que também possam prosperar. O texto diz: "Edificai casas e habitai nelas, plantai pomares e comei dos seus frutos. Casai-vos e gerai filhos e filhas.

Escolhei esposas para os vossos filhos e dai as vossas filhas em casamento, a fim de que tenham filhos e filhas.

Multiplicai-vos ali e não diminuais em número. Versículo sete: "Dedicai-vos à busca da prosperidade da cidade para onde vos levei".

E orai ao Senhor em favor dela, porque o progresso dela será a vossa prosperidade.

Aqui percebemos, irmãos, que Deus quer que Seu povo seja piedoso, produtivo e frutífero. Esse é o padrão de Deus com Seu povo. Em 1 Pedro 2:11-12, o texto diz: "Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo...". Percebem a analogia?

Como peregrinos e estrangeiros no mundo, vocês devem se abster dos desejos carnais que guerreiam contra a alma. Tenham uma conduta exemplar entre os gentios, para que, naquilo em que são acusados de praticar o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da sua visitação. Isso aponta para algo futuro, algo que acontecerá.

Deus irá nos visitar. Pedro exorta os cristãos a viverem de forma exemplar entre os gentios, mesmo sendo considerados estrangeiros. Vemos Jeremias, na carta enviada por ordem de Deus, dizendo aos israelitas para viverem corretamente naquela cidade, de forma que ela fosse abençoada. E Pedro nos fala hoje, no tempo em que vivemos, que também devemos ter um procedimento santo.

Em 1 Timóteo 2:1-3, Paulo diz: "Antes de tudo, recomendo que se façam súplicas, orações, intercessões e ações de graças".

Ações de graças são atos de justiça, são práticas. Por quem? Segundo o texto, por todos os homens. Pelos reis e por todos os que exercem autoridade, para que tenhamos uma vida tranquila e pacífica. Ou seja, para termos uma vida tranquila e pacífica, precisamos viver com piedade.

Com toda piedade e dignidade. Isso é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador. Então, a instrução de Jeremias para orar pela prosperidade da cidade encontra eco no chamado de Paulo para orar por todos, incluindo os líderes e governantes.

Amados, quanto tempo perdemos debatendo política? Falta-nos o bom senso cristão para lembrar que temos uma identidade e um objetivo de vida: interceder por aqueles que estão distantes do plano de Deus.

Se tivéssemos a mesma ousadia que Pedro mencionou, a coragem e intrepidez de, em vez de debater política, estarmos com os joelhos no chão, clamando por almas diante do Deus Todo-Poderoso...

Talvez canalizaríamos melhor nosso vigor. Talvez glorificaríamos melhor o nosso Deus.

Em 2 Pedro, há uma perspectiva profética, uma preparação para quem está antecipando e enxergando o tempo do fim. O texto diz: "Visto que todas essas coisas hão de ser desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do dia de Deus".

Nosso proceder, irmãos, assim como vemos em Jeremias comunicando ao povo a vontade de Deus através da carta, também é reafirmado pela instrução apostólica, que nos ensina que devemos proceder como santos de Deus, como povo de Deus.

De forma piedosa e santa, esperando e apressando a vinda do Senhor, com um vigor espiritual, sabendo para onde estamos indo, sabendo o que foi feito por nós. Esse vigor espiritual deve impactar as pessoas ao nosso redor. Será que ainda dá tempo?

No versículo 8, há uma instrução do profeta, ou de Deus, através da carta que ele escreveu ao povo. Vemos um alerta. O alerta trata dos falsos profetas, que estavam na Babilônia, tentando distrair o povo para que não compreendessem sua real situação—o tempo em que estavam sendo tratados por Deus, um período de disciplina.

Esses falsos profetas procuravam acalmar os corações, desviando a atenção, dizendo: "Logo tudo se resolverá, logo voltaremos para a nossa terra".

Mas o plano de Deus era diferente: 70 anos. 70 anos seria o tempo da disciplina.

Para que o povo perseverasse nesse período, era necessário que não se deixassem enganar por esses falsos profetas. "Não vos deixeis enganar". Em 2 Pedro 2:1, lemos que isso acontece também nos nossos dias.

Deus tem um plano para nossas vidas. Deus tem um plano para a Igreja. Deus quer nos levar a um lugar que ainda não conhecemos, mas sabemos que existe, porque Ele prometeu.

Pedro nos alerta: "Entre o povo houve falsos profetas, assim como entre vós haverá também falsos mestres". Isso nos mostra que precisamos estar atentos e firmes na verdade.

Eles introduziram encobertamente heresias de perdição e negaram o Senhor, que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Amados, o povo de Deus é um povo que precisa estar apercebido, alerta, alerta. Ao mesmo tempo, irmãos, que nós somos chamados para sermos sacerdotes, nós também somos chamados para fazer vigília. Nós somos guardas dos muros das regiões celestiais. Devemos ser daquele Espírito que antevê o que está vindo por aí.

Nós antevemos isso e anunciamos àqueles que estão desapercebidos.

Jesus também nos alerta. Lá em Mateus 15, Ele fala: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores. Pelos seus frutos os conhecereis." Por que a gente não consegue identificar o falso profeta? Porque, muitas das vezes, estamos satisfeitos com o que estamos vivendo.

Deus nos chama para um lugar, para um destino, mas estamos muito preocupados com o que os falsos profetas estão acalentando em nossos ouvidos e em nosso coração, alisando nossa alma, para que aceitemos aquela canção: "Está tudo bem. Está tudo bem." Uma canção de ninar que quer nos deixar na mornidão, na mediocridade.

Pedro vai dizer no capítulo 3, versículos 3 e 4: "Tendo em conta, antes de tudo, que nos últimos dias virão escarnecedores com seus escárnios, andando segundo as suas paixões, dizendo: 'Onde está a promessa de sua vinda?'" Veja a palavra de desânimo dos escarnecedores! Eles querem nos desencorajar, mas Jesus está vindo.

Esse desânimo está no meio do povo. Sabemos que muitos não conhecem Jesus. Sabemos que, se Jesus voltasse agora, muitos estariam perdidos. E nós estamos calados. Por quê? Porque essa sentença está em nosso coração como uma canção que nos faz esquecer nossa identidade e o desafio de saber para onde estamos indo.

"Onde está a promessa da sua vinda? Porque desde que os pais dormiram, todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação." Isso é uma mentira.

É uma descarada mentira! Todo o Antigo Testamento vai contra essa afirmação.

Mas há um espírito de condescendência que nos leva a aceitar que está tudo bem se as pessoas ao nosso redor não conhecerem Jesus.

Está tudo bem se as pessoas ao nosso redor não experimentarem as promessas da cruz. Está tudo bem porque, na verdade, estamos sendo acariciados por essa canção, que nos faz ter prazer em conversas triviais, supérfluas, sem interesse na alma alheia.

Está tudo bem.

O espírito do falso profeta esteve em todo o tempo no meio da igreja, no meio do povo de Deus. Agora, quando olhamos mais adiante, vemos que precisamos estar alertas. Precisamos observar nossos passos. Estamos caminhando como Jesus quer que caminhemos?

No versículo 10, vemos o Senhor falando: "Quando se completarem os 70 anos da Babilônia, eu cumprirei a minha promessa a vosso favor de trazer-vos de volta para este exato lugar."

É interessante. Deus tem planos, Deus tem projetos, Deus tem propósitos. Deus tem um objetivo.

"Eu sei que vocês desejam voltar para Jerusalém. Eu sei, principalmente vocês que foram levados para a Babilônia. Eu sei que desejam voltar, mas os falsos profetas estão dizendo que vocês voltarão rápido. Quero alertar vocês: há um período."

Há uma medida de tempo. Sempre há uma medida de tempo.

Vemos que Deus tinha algo para fazer na terra e determinou um tempo para isso. Ele falou para Abraão de 400 anos, mas quando se conferiu, passaram-se 430 anos de escravidão do povo no Egito. Mas era necessário. Por quê? Porque Deus tem uma medida de tempo. Ele sempre tem uma medida de tempo para o seu plano.

Ele disse para Abraão que a medida da iniquidade ainda não tinha subido ao ponto da indignação e da ira de Deus virem sobre a terra. Então, o povo ficou ali 430 anos, esperando a medida de tempo de Deus.

Mas não se enganem, irmãos! Nós também precisamos estar atentos à medida de tempo de Deus para o nosso tempo, para a nossa vida. Principalmente coletivamente, como igreja.

O apóstolo Paulo vai dizer em Romanos 11:25: "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para que não sejais presumidos em vós mesmos: que veio endurecimento, em parte, a Israel, até que haja entrado a plenitude dos gentios."

Um dos entendimentos mais favoráveis desse texto é que Deus está aguardando uma quantidade de crentes gentios. Quando esse número chegar, alinhado a várias outras variáveis, esse tempo terminará.

O profeta Daniel fala um pouco sobre isso. Quando esse tempo chegar ao fim, haverá um despertamento em Israel. Há uma medida de tempo.

Em Apocalipse, vemos, no quinto selo, capítulo 6, versículo 9 em diante:

"Vi debaixo do altar as almas daqueles que tinham sido mortos por causa da Palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam. Clamaram em grande voz, dizendo: 'Até quando, Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?'"

E o texto continua dizendo: "Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por um pouco de tempo, até que também se completasse o número dos seus conservos e de seus irmãos, que iam ser mortos como igualmente eles foram.

O que falta para as coisas se cumprirem? Deus tem uma medida de tempo, mas essa medida não quer dizer que o Senhor vai retardar o que prometeu.

E tardar o que Ele prometeu tem a ver, irmãos? Fala de nós. Lembra o que nós falamos do apóstolo Pedro nos chamando a essa santidade? Aguardando e apressando, aguardando e apressando. É uma atividade de coração, de mente, de espírito, irmãos, que se movimenta com o vigor das promessas de Deus.

Deus prometeu, Ele vai cumprir, e eu creio. Por isso, eu dou a minha vida nisso.

E aqui nós vemos, no versículo 11, o que nós começamos nesta mensagem, onde fala que Deus sabe. Ele que sabe, Ele que conhece. No versículo 11, os planos determinados para nós.

Universalmente, irmãos, Deus tem um plano para o Seu povo. Nós, a Igreja de Deus, somos o povo de Deus. Ele tem um plano, e nós devemos conhecê-lo, tanto coletivamente quanto individualmente.

E é debaixo desse plano, imbuídos desse plano, irmãos, que nós vamos prosperar.

Se nós não tivermos uma economia divina, no sentido de aprender a lidar com a nossa alma, nós não vamos viver debaixo do plano de Deus.

Regalar a nossa alma e viver na carne... Já diz o apóstolo Paulo: "Tudo me é lícito, mas..." Veja bem, o que você está vivendo na sua vida corrobora com aquilo que Deus tem para o plano da Igreja?

Se eu regalar minha alma, não estou favorecendo aquilo que Deus quer realizar com a Igreja para cumprir Seu plano. Irmão, viva uma vida procedente em santidade e piedade. Os planos de Deus são vividos por aqueles que vivem em santidade e piedade.

A Igreja de Deus tem uma identidade.

E é uma identidade sacerdotal.

Jesus, quando quis evidenciar a nossa identidade, disse: "Minha casa será chamada casa de oração." Mas há um propósito para isso.

Para que as nações, para que aqueles que estão distantes e para que aqueles que ainda não estão conosco, sejam alcançados.

Deus tem um plano sacerdotal para nós.

E esse plano sacerdotal tem a ver com irmos ao mundo, a esta terra, às pessoas ao nosso redor. Entender que elas são alvos de Deus e que nós somos instrumentos da glória de Deus.

Nos versículos 12 e 13, vemos que, dentro de todo esse plano e perspectiva, há um período de tempo. Nós temos uma medida de tempo dada por Deus. Essa medida de tempo é para o fim.

Irmãos, nós precisamos de um coração flamejante, um anseio pelo fim da história.

Pela consumação da história. Pela segunda vinda de Cristo. Isso precisa queimar dentro de nós, para vivermos somente para isso.

E aqui é impossível não lembrar de Amós, quando Deus fala através do profeta: "Certamente, o Senhor Deus não fará coisa alguma sem primeiro revelar Seus segredos aos Seus servos, os profetas."

A questão não é se eu sou profeta ou você é profeta para ouvir de Deus. A questão é que Deus quer fazer algo, e Ele procura alguém para dividir isso. Você é esse alguém.

Como esquecer o que Charles Spurgeon disse sobre esse tema? "Sempre que Deus deseja realizar algo, Ele convoca Seu povo para orar."

Se nada está acontecendo, espere. Deus primeiro chama as pessoas para orarem. Deus primeiro nos chama para ardermos em intercessão. Deus primeiro nos chama para termos relevância na adoração.

E por que não mencionar John Wesley? "Deus nada faz a não ser em resposta à oração."

Às vezes, essa afirmação nos deixa até nervosos. "Então, tudo o que temos que fazer é orar?"

Mas orar é só uma interação com o Pai.

É uma dinâmica de relacionamento.

Quem é casado sabe que, sem manutenção no relacionamento, as coisas esfriam. E quando esfria, engraçado, congela o coração. Aí nos tornamos donos da razão.

E ninguém mais acessa o nosso coração. Estou falando de casamento.

Mas não é assim também na vida em família? Às vezes, ficamos tão distantes, com as preocupações do dia a dia, com a rotina, com o cansaço... Aí chegamos em casa e a única coisa que queremos ver é a cama. Perdemos, então, aquela ternura, aquela dinâmica de afeto, de tocar o outro, de abraçar, de trocar carícias, zelo, palavras de elogio, de dizer "eu te amo", de expressar o quanto o outro nos faz bem.

De fazer aquele afago.

Mas antes dessa experiência de família que temos, quero dizer uma coisa: não sei se você sabe, mas existia uma família antes dos seres humanos.

E essa família sempre esteve lá, de forma eterna.

Gente, como é que a pessoa consegue lidar em se expressar com relação ao Deus Eterno, falando que Ele é "os meus três"?

Sempre existiram família antes que qualquer ser humano pudesse vir a ser criado.

Pedagogicamente, a nossa família é uma representação da família de Deus na Terra.

O apóstolo Paulo falou isso em Efésios, no relacionamento de Cristo com a Igreja. Mas, amados, vamos voltar aqui com relação ao meu relacionamento com Deus e o seu também.

Deus nos deu essa amostra de família para nos mostrar como ela pode ser vigorosa de saúde ou como ela pode ser desastrosa pelos efeitos da falta de relacionamento. Para que você pudesse espelhar como pode ser o seu relacionamento com Deus.

A sua forma de lidar com Deus com certeza está muito parecida com a forma com que você lida com a família. A dinâmica da sua família pode, sim, representar o seu coração diante de Deus. Guardadas as exceções.

Então, amados, de tudo o que nós devemos guardar, devemos guardar o nosso coração.

Porque, irmãos, relacionamento tem que ter vida.

Troca de vida, de vigor. Estou vivo. Estou aprendendo, de paixão, de zelo. Lembro de Jesus dizendo: "O zelo pela tua casa me consome." Sabe essa coisa passional que estremece o seu íntimo? Vida!

Sobre tudo o que deve se guardar, guarde o coração, porque dele procedem as fontes da vida. Provérbios 4:23.

Nosso interesse pelo plano de Deus. Você vê que o plano de Deus tem a ver com tirar o povo de onde está e levar de volta à terra. Nós estamos no mesmo esquema, irmãos. Deus quer nos tirar do estado em que estamos. Por isso vemos o apóstolo Paulo falando que a natureza anseia ardentemente pela manifestação dos filhos de Deus.

Porque quando isso acontecer, muita coisa será transformada. É praticamente concomitante.

Filhos de Deus se manifestando é o prenúncio da volta de Cristo.

É o plano de Deus para nossas vidas hoje. Ele quer nos levar. Isso é só uma figura de linguagem, porque, ao mesmo tempo que falo que Ele quer nos levar, na verdade, será trazida para nós uma pátria que está nos céus.

Mas o primeiro eu que vai para esse lugar é o nosso coração, irmãos.

Por isso diz: "Aonde está o seu tesouro, aí estará também o seu coração."

"Pensai nas coisas de cima, onde Cristo está, e não nas coisas da terra."

Gastemos mais tempo com lá e menos com aqui.

Então, irmãos, no plano de Deus, podemos dizer claramente que Ele tem planos.

E aí Ele diz no versículo 12, depois de ilustrar todo o processo: "Não vai ser curto, vai ser demorado, vai ser 70 anos."

Não se enganem com os falsos profetas.

Pare de se enganar na hora de ser trouxa.

Deus tem os planos. Pare de procurar outro. Pare de procurar a mãe Diná.

Pare de procurar sinais místicos. Deus tem os planos.

Depois que Ele fala tudo isso, Ele coloca na mesa o que parecia estar ansioso para dizer:

"Diante de tudo isso que eu passei para vocês, me invoquem, cheguem até mim para orar. Eu vou te dar atenção. Eu vou te dar atenção. Vocês vão me buscar e vão me encontrar."

Mas sabe quando?

"Quando todo o seu coração for meu."

"Não vou dividir com ninguém."

Por isso, de tudo o que você tiver que guardar, guarde o seu coração.

"Porque assim eu me deixarei ser encontrado por vocês."

Uma das notas mais fortes nas Escrituras é:

"Eu serei o teu Deus, e vocês serão o meu povo."

Quando falamos de eternidade, não tem como não lembrar do que Jesus falou:

"Esta é a eternidade: conhecer o Filho e o Pai."

Ele quer que a gente esteja reflexivo pelo chamado de Deus ao relacionamento.

Ele quer que a gente esteja em oração, sabendo que quem vai nos dar essa graça de nos convergir a Ele é Ele mesmo.

A palavra que posso usar para me colocar diante de vocês como alguém que Deus usa é: Renda-se! Nasça de novo de todo o seu coração.

Escute Deus. Ore. Anote aquilo que, de alguma forma, o Senhor está requerendo de você, requerendo de nós. Não deixe essa oportunidade passar.

Já perceba o agito do seu coração. Se você conseguir adestrar o seu coração agora, já é uma batalha vencida. Foi tão precioso ver aqueles garotos aqui, com uma convicção: "Eu creio que Deus falou comigo." Esse é o meio de Deus falar com a Igreja, irmãos.

Deus quer falar ao coração da Igreja. Esse é o meio. Essa pregação da Palavra é aqui e agora. Não espere um encontro com um anjo no vale de Jaboque. Agora é outro momento, outro lugar. Foi aqui que Ele falou. Você crê? Renda-se a Deus. Renda-se a Deus. Lamente os seus pensamentos, os seus sentimentos. Lamente suas inclinações. Lamente seu coração embrutecido e esfriado. Lamente diante de Deus. Ele já sabe. Ele já conhece. Ouse-se! Como já disse um jovem aqui mais cedo, seja ousado e coloque-se diante de Deus. Diga a Ele que, de alguma forma, você quer começar.

Que deseja seguir mais firme. Que quer andar com mais profundidade.

Nenhum de nós escapa de estar diante de Deus rendido.

Todos nós podemos dizer: "Mais um pouco de Ti, Senhor."

Mais um pouco de Ti. Na beleza da Tua bondade, Senhor, mais um pouco de Ti.

Derrama o bálsamo, Senhor, sobre as nossas falhas. Derrama do Teu Espírito, Senhor, sobre as nossas culpas. Deus é mais. Derrama, Senhor, esse sangue derramado na cruz, perdoador, sobre nós. Queremos avançar mais. Queremos ir mais adiante. Queremos crescer mais. Em outros aspectos, queremos diminuir mais, porque nos importa que o Senhor cresça. Oh, Deus, olha para nós! Talvez eu e você tenhamos essa insegurança de que não podemos ter uma experiência racional e sentimental com o Senhor. Mas uma coisa é certa, irmãos: intermináveis afetos é o que Ele tem para nós.

Amém. Que de todo o coração possamos nos render a Ele.

Que essa semana seja marcada por nossa busca incessante pelo Senhor.

Talvez para não nos desligarmos de tudo isso que fomos acessados hoje.

O plano de Deus é eterno. Esta vida vai chegar ao fim.

Nós construímos muitas coisas aqui nesta terra, mas se morrermos, não levamos nada.

Então, o que nos resta? Viver piedosamente, esperando a vinda do Senhor.

Quanto mais nosso coração se incendeia nisso, mais entendemos que nosso plano aqui na Terra é levar mais pessoas para Cristo.

Que eu e você possamos ser usados essa semana e por toda a nossa vida, em nome de Jesus. Entendendo que as bases dessa unção e desse poder estão no nosso relacionamento com Deus.

Vão em paz, irmãos. Boa semana! Deus abençoe em nome de Jesus.


Mensagem ministrada na Comunidade de Cristão Betesda na manhã de domingo em 09 de março por Carlos Santos

 
 

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