Amém. Abra a sua Bíblia comigo no livro de Lucas, no capítulo dez. Versículo 38.
“Quando eles seguiam viagem- aqui está falando de Jesus com seus discípulos e todo aquele chamado missionário. Nas viagens que Jesus estava fazendo- quando eles seguiam viagem, Jesus entrou numa aldeia de certa mulher chamada Marta. Hospedou na sua casa Marta tinha uma irmã chamada Maria que, sentada aos pés do Senhor, ouviu seu ensino. Marta agitava-se de um lado para o outro, ocupada em muitos serviços. Então se aproximou de Jesus e disse: ‘Senhor, não se importa com o fato da minha irmã ter deixado que eu fique sozinha para servir. Diga-lhe que venha me ajudar. Mas o Senhor respondeu Marta, Marta, você anda inquieta e se preocupa com muitas coisas, mas apenas uma é necessária. Maria escolheu a boa parte, e essa não lhe será tirada.” Algumas traduções são a melhor parte.
Senhor, mais uma vez nós oramos pedindo a Tua graça para o Senhor ministrar aos nossos corações. Que o Senhor possa nos revelar qual é essa boa parte. O Senhor possa nos revelar aquilo que você tem para ministrar às nossas vidas essa manhã. O Senhor é a razão de estarmos aqui como nós cantamos. O Senhor é o único que é digno e o Senhor é quem nós precisamos encontrar agora. É o Senhor quem nós precisamos ouvir de nós. Suplicamos Ministra, fala aos nossos corações, toca em nossas vidas e no nome de Jesus Pai, oramos por aqueles que estão enfermos, oramos por aqueles irmãos que estão trabalhando Senhor, hoje nas eleições, uma decisão que vai definir os rumos da nossa cidade. Que o Senhor possa cuidar de todas essas coisas, o Senhor possa estar com esses irmãos de alguma forma e lá suprir nos com a tua presença, com a visão do Senhor, com o cuidado do Senhor. Nós te louvamos porque o Senhor é bom e nos deu acesso à Tua Palavra. Mas nós confessamos que não podemos entendê-la com a nossa mente natural intelectual. Então, ligue agora, Senhor, nos dê essa mente espiritual capaz de ouvir o que o Senhor tem para falar conosco. Em nome de Jesus. Amém.
Então esse texto me veio para vocês terem ouvido nós falarmos que nós temos uma reunião de ministério ao Senhor, que uma vez por mês, aos sábados, nós temos orado e no meio de uma oração o Senhor me trouxe a figura de Marta e Maria. Eu achei que eu achei que, como nós, sempre, sempre estamos na liderança, estamos reunidos. Falei Isso aqui vai ser uma palavra, veio duas, tem essa, tem mais uma. Mas aí eu fui sendo confrontado com essa história. E aos domingos a gente vem, vamos confessando. Nós viemos com muitas expectativas pra cá ou com expectativa nenhuma. E nós temos um grupo que está ali todos os dias às 08h30 da manhã, aos domingos, orando. As quartas feiras. Tem um grupo que está orando pela igreja para Deus vir, para trazer um avivamento. E às vezes nós estamos orando para Deus vir e fazer um grande movimento. E parece que a realidade da vida da igreja é realidade na vida de cada um dos irmãos. E eu estou falando para nós, não é para vocês agora.
O que a gente espera do culto. Não era, não acontecia e as vezes não nos deixavam satisfeito. A gente sai com alguma tristeza, a gente sai dando nota nas pessoas boas, dando nota no culto. O louvor foi bom, o culto foi bom, foi. A gente vai cair nessa tentação. E nós vamos, com o tempo, perdendo o foco da essência. E essa mensagem saiu de uma expressão que Deus falou muito forte ao meu coração e não sou suficiente. Nós estamos num lugar onde Cristo nos tirou do império das trevas, e o evangelho. Nós vamos ter que lembrar disso sempre nos transportou para o reino do seu amor várias e várias vezes nas orações Olha, as coisas não estão correndo como nós esperamos aqui, mas o Senhor está presente.
Irmãos, tem sonhos como Carlos trouxe de que o Senhor está presente, de ver o Senhor aqui. Eu tive a experiência de às vezes no dia no louvor estar sentado ver o Senhor quase que fisicamente, observando mais quieto, mas nós queremos sempre algo mais.
Nós queremos o Senhor mais alguma coisa. E eu fui sendo confrontado com isso. Nós queremos a reação das pessoas, sejam dentro do que nós esperamos. Nós queremos que as coisas se movimentem dentro do que nós esperamos. Nós queremos um movimento dentro de uma expectativa que muitas vezes é nossa, e nós não conseguimos perceber o Senhor presente.
Foi quando o Senhor trouxe aquela palavra sobre alegrarmos, porque perto está o Senhor tão perto, no sentido de estar perto agora, estar presente nesse lugar, estar perto do nosso lado. Isso nós somos espirituais, nós temos essa certeza. Vocês creem nisso? Porque senão não faria sentido nós estarmos nos reunindo. O Senhor, estar aqui presente, porque Ele é onisciente, mas Ele pode se manifestar.
E perto está o Senhor de voltar, de voltar. E parece meio dramático isso que o Carlos trouxe. Efésios fala: “Olha, vejam, prestem muita atenção como vocês conduzem as suas vidas como sábios e não como tolos, porque virão dias maus e esses dias maus para o mundo.” A Bíblia fala que nos últimos dias vão ser como nos dias de Noé. Como foi o dia de Noé? Veio o dilúvio, mas Noé estava na arca.
E a nossa mentalidade natural, a nossa conversão a um movimento religioso, a nossa entrega ao sistema de estarmos andando. Ele nos leva muito mais a olhar para aquilo que não temos do que para o que temos. Desculpa a expressão feia. Ao olharmos com ansiedade a preocupação com a desgraça que pode vir do que com a certeza de quem Deus está trazendo para nós.
E isso é porque nós estamos olhando de baixo pra cima. Nós olhamos para um Deus, parece que está lá no céu e largou as coisas aqui, e aí eu tenho que matar um leão por dia. Isso sou eu por mim. Na hora que eu não der conta, Deus vai me abençoar e vai me ajudar.
Mas isso é um movimento que eu creio. Deus quer transformar a nossa mente e acho que esse texto vai nos ajudar. Então essa viagem é uma porção que aparece só em Lucas. É um texto específico que mostra para nós que lá em João, no capítulo 11, nos deixa entender que aqui nessa região de Marta, Maria e Lázaro morava aqui, fala só de Marta e Maria.
Mas é Marta, Maria e Lázaro. Era uma família que morava numa aldeia chamada Betânia, mais ou menos a quatro quilômetros de Jerusalém. Em alguma parte essa cidade, ela também também era uma cidade onde Jesus passava por ali, que era uma família que amava Jesus, que era uma família, que a sua casa era um local onde Jesus descansava e aí a gente, como todo bom pregador, vai ai.
Minha casa é um lugar de descanso para Jesus. É o lugar onde Jesus descansava. A casa dessa Marta era o lugar onde Jesus descansava. Marta desejava muito servir ao Senhor. Marta almejava muito receber o Senhor. Marta desgastou todas as suas energias para fazer coisas para o Senhor. E ela continua. Eles seguiam viagem que não era só Jesus. Ele tinha pelo menos 13 pessoas na casa.
Não é tão simples assim receber 13 pessoas. Não é tão simples assim. As mulheres, a minha mulher, eu Diga tem que lavar a casa toda. Se tiver um pelo da cachorra na garagem, tem que lavar para receber os irmãos.
Então Jesus entra nessa aldeia. Jesus estava ali. E esse texto vem de uma, de um contexto. Logo depois que Jesus envia, os discípulos estão pensando Jesus pega esses discípulos e envia seus 70. Viaja por várias cidades. Eles expulsam demônio, cura enfermos, não fala se estava ressuscitando mortos e eles andam na autoridade de Jesus. E eles entram em muitas casas e aí eles voltam para Jesus. E Jesus fala com eles: “Olha, sua alegria. Não pode ser nas coisas que aconteceram, mas porque o seu nome está escrito no livro da vida.” Vai ter dia que nós vamos estar bem, vai ter dia que não vamos estar bem. E aí as pessoas começam a questionar Jesus também. E ele ensina a parábola do bom samaritano. E aí, a hora que ele acaba de estar lá, o bom samaritano. Os estudiosos dizem que esse texto aparece isolado aqui, que nós vamos trabalhar Por quê? Porque o bom samaritano podia ser aquela ideia que alimenta a nossa mentalidade religiosa. Que era o que? O fazer. Então ele dá um exemplo de quem era o próximo e o que o próximo fez pelos outros. E os teólogos estudiosos creem que Jesus coloca esse texto aqui no meio disso, depois de uma sequência de grandes obras, de grandes eventos, de grandes milagres e depois um ensino sobre como fazer pelos outros, servir o outro, se doar pelos outros, fazer a obra de Deus.
Eles dizem que Jesus coloca essa parábola aqui para dizer: isso não é o mais importante.
Apesar que hoje em dia a gente nem anda fazendo tanto essas coisas de querer agradar a Deus, porque a gente às vezes está muito mais culpado. Um senso de dívida, de não fazer o que deve. Ou agradando a Deus fazendo coisas. Eles dizem que esse texto é colocado para mostrar o seguinte: o que é aquilo que é mais importante?
Marta recebe na sua casa, hospeda na sua casa, serve essas pessoas? E ela tinha uma irmã que é chamada Maria e a nossa mente. Eu não sei vocês, mas automaticamente a gente já classifica as pessoas, então Marta é a mulher dinâmica, ativa, que não é tão espiritual, deve ser mandona, e que não agrada a Deus. E Maria mulher para os espirituais, é aquela que ela é contemplativa, que ela amava a Jesus. Ela é folgada. Vocês não pensam automática assim, folgada. Pau tá quebrando 13 pessoas na casa tem um monte de coisas para resolver, mas ela está ali aonde sentada aos pés do Senhor. Então que Deus nos ajude a entender esse contexto, porque nós estamos numa casa onde Deus ama Marta, onde Deus ama Maria, onde Deus fez Marta com a característica dela, onde Deus fez Maria com a característica dela.
O que o Senhor pode nos ensinar com esse texto? Onde Jesus é suficiente e como podemos aprender a lidar com essa realidade em nossos dias? Marta estava ali recebendo Jesus, o que indica que ela era, de certa forma, a líder da casa. Não aparece nada específico sobre sua situação — não diz se era casada, solteira, ou se tinha marido. Existe uma teoria de que Marta poderia ser esposa de Simão, o leproso, mas ela é contestada. Marta era uma mulher que liderava sua casa, uma mulher forte, e tinha uma irmã chamada Maria, mais jovem.
A cena mostra Maria sentada aos pés de Jesus enquanto Marta se ocupava com o trabalho. O que significa, então, “sentar aos pés de Jesus”? Maria estava ali, ouvindo o ensino do Senhor. Em primeiro lugar, naquela época, não era adequado para uma mulher estar nesse lugar. Mas Maria estava em sua casa e assumiu uma postura de discípula. E o que é ser discípulo? É alguém que deseja aprender com o mestre e seguir seus ensinos. Sentar aos pés de Jesus era uma postura de submissão e disposição, de alguém pronta para receber uma palavra e uma direção de Deus. Portanto, não se pode interpretar que Maria era preguiçosa.
Porque o grande interesse de Maria era ouvir o que Jesus tinha. E aí Maria é citada três vezes na Palavra Maria, citada aqui em Lucas dez 39, Maria, citada em João 11 32. Ela é irmã de Lázaro. Quando Lázaro morre, que Jesus chega na cidade, a Palavra diz que ela vem e ela se lança aos pés de Jesus.
E ela é citada em João no capítulo 12, versículo três, aonde ela quebra um perfume valiosíssimo que era caro 300 denários. Ou seja, queridos, era um salário de um ano de um trabalhador. Um denário era o salário de um dia. Então ela pega um perfume que equivalia a 300 dias, ou seja, um ano de trabalho lá, fosse CLT, tivesse lá, tinha folga no sábado, então dava mais de um ano e ela despeja tudo isso aonde?
Em Jesus? Aos pés de Jesus? E as três vezes que nós, a Maria, ela está aos pés de Jesus, Ela está disposta a aprender aqui em Lucas dez, sentada para ouvir de Jesus e ouvir de Jesus Não era só ouvir ensino aqui fala que ela ouvia o seu ensino, mas quando Jesus ensinava, Ele não só ensinava conteúdo. Jesus se revelava.
Maria estava com a intenção de que ela não estava só aprendendo a lei. Teoria. Ela estava conhecendo quem era Jesus. Essa era uma postura de não era só gastar um tempo com aquela tumulto, saber que depois ela ia ter que encarar. A Marta dizia A gente não faz as coisas porque vai ter que encarar a esposa, vai ter que cara o marido dar descanso ela não teve, mas Maria está aos pés de Jesus.
Lucas dez 39. Para aprender, aprender lá em Lucas 12 três quando Lázaro morre, nós vemos ver. Nós vemos Maria aos pés de Jesus para chorar, para derramar sua dor. E lá em Lucas 12 13, nós, vendo Maria aos pés de Jesus. Para agradecer e para cumprir uma ação profética, porque ela estava preparando Jesus para a maior prova que Ele tinha morrer em nosso favor.
Então Maria estava sentada aos pés de Jesus.
Isso é o que Jesus está dizendo. Ela estava com seu coração 100% inclinada a conhecer Jesus e o movimento é bom, é bom, mas secundário.
E secundário. Marta agitava se. Como é que estava Marta? Marta agitava se de um lado para o outro, ocupada com muitos serviços. Marta não parece com a gente, mas estava totalmente envolvida com as demandas e as atividades naturais, no caso aqui das hospedagem, para servir os discípulos e ver que para Jesus e para Deus a gente está trabalhando muito pra ganhar dinheiro para ofertar e para Deus para dar o melhor.
Quantas vezes já ouvi para Deus pelo -3 pessoas estavam ali, como falei, e havia um respeito para com Jesus. Havia uma dedicação para com Jesus. Havia um coração aberto para receber a Jesus. Era e queria servir os cristãos que vinham com Ele. A Marta estava ali num envolvimento bom com Jesus. Jesus. Marta estava muito ativa no ambiente onde Jesus estava.
A sua ocupação era legítima. O seu tempo estava sendo era legítimo. A sua queixa era legítima. Ela estava ali, mas distraída, sem discernimento do que realmente era necessário e necessário. Então essa palavra que diz Marta agitava se de um lado para o outro. Estava ocupada. Marta estava tensa com as coisas, com os afazeres, com as suas responsabilidades, e a palavra estava ocupada.
Maria tinha um profundo interesse em ouvir o que Jesus tinha a dizer. Ela é mencionada três vezes na Bíblia: em Lucas 10:39, onde aparece aos pés de Jesus para ouvir seu ensino; em João 11:32, onde, após a morte de seu irmão Lázaro, ela se lança aos pés de Jesus em busca de consolo; e em João 12:3, onde ela unge os pés de Jesus com um perfume valiosíssimo, equivalente ao salário de um ano, como uma ação de adoração e preparação profética para o sacrifício de Jesus.
Em todas essas ocasiões, Maria é vista aos pés de Jesus. Ela não estava apenas interessada em aprender conteúdos, mas desejava conhecer quem Jesus era. Sentada aos pés do Mestre, Maria não buscava somente um ensino teórico, mas um relacionamento, uma revelação. Esse era o seu verdadeiro propósito: não só aprender, mas conhecer Jesus profundamente.
Enquanto isso, Marta se ocupava com os afazeres, envolvida nas responsabilidades de servir e acomodar os discípulos. Suas intenções eram legítimas, seu trabalho era valioso, e sua queixa até fazia sentido. No entanto, Marta estava tão envolvida com as demandas práticas que acabou se distraindo do essencial. Ela estava ocupada, sim, mas perdeu o foco do que realmente importava naquele momento — a oportunidade de estar com Jesus.
E nós vivemos uma época em que estar ocupado virou um negócio de alguém bacana. Essa é uma das frases que eu uso todo mundo quando me liga, A primeira coisa é: “Você está ocupado?” “Querido, eu vou estar sempre ocupado.”
Nós estamos sempre ocupados. A questão é que eu não tinha parado pra pensar que tanta essa palavra tão ocupada que nós nos até nos enchemos de nos sentirmos úteis. Pode ser que você esteja distraído do que realmente é o essencial.
Pode ser que nós estejamos ocupados demais as demandas naturais, até mesmo em servir Jesus, como era o caso aqui, pode ser uma grande armadilha que pode impedir nós de discernirmos o que realmente é importante e onde realmente nós devemos gastar as nossas vidas, a nossa energia e colocar as nossas prioridades. Por isso nós estamos tão cansado. Por isso a gente vê dicotomia, por isso as coisas estão incoerentes, porque a gente está cansado e a gente está ansioso.
E eu estava orando a Deus. A Bíblia diz que o Senhor é o Príncipe da paz e nunca o povo de Deus que é tão ansioso mandando remédio. A Bíblia diz que o jugo do Senhor é suave, o fardo é leve e está tudo tão pesado. Às vezes as nossas reuniões estão pesadas. Servir a Deus é pesado. A gente flutua, não é? Mas servir a Deus é difícil, não está batendo dentro, porque o jugo é suave, fardo é leve. Vinde a mim, Vocês estão cansados e sobrecarregados, e eu te aliviarei. Como que servir a Deus é difícil? Então nós estamos nessa crise, nós estamos ocupados. E aí eu comecei a perceber nós estamos distraídos. É uma arma que Satanás vai usar nos últimos dias. Com quê? Com tanta coisa. A atenção de Marta estava embaraçada com as muitas coisas de lá para cá. E Jesus estava ali.
Jesus estava na casa de Marta. Não estou questionando se ela era crente; ela era amada por Jesus. Isso fica claro, pois Ele a repreende — e a Bíblia diz que Deus disciplina aqueles que ama. Jesus tinha um relacionamento com Marta e, quando saía para pregar, escolhia descansar na casa dela, e não na de Maria. Marta havia criado um ambiente agradável e acolhedor para Ele.
Ela foi perdendo a alegria, mesmo com Jesus ali. Porque as coisas não estavam saindo como ela queria, ficou chateada com Maria. E, ao invés de resolver diretamente com a irmã, Marta foi até Jesus para reclamar dela. E, na sua insatisfação, começou até a querer dar ordens a Jesus! Isso reflete bem o que ocorre muitas vezes entre nós. Quantas vezes, chateados com o que o outro faz ou deixa de fazer, vamos a Jesus, mas com o coração cheio de julgamento, em vez de aproveitar o momento para receber d'Ele.
Marta estava muito ocupada com os serviços, então se aproximou de Jesus. Esse é um convite: todos nós nos aproximamos de Jesus. Mas, ao fazê-lo, como está nosso coração? Imagine a situação se fossem marido e mulher: Marta diz a Jesus, “Senhor, o Senhor não se importa com o fato de que minha irmã me deixou sozinha para servir?” Ela queria que Jesus interviesse, achando que Maria estava apenas sentada sem fazer nada.
Jesus, essa mulher que só me deu, esse marido que eu tenho. O Senhir não na postura dela não? Senhor, não vai fazer nada não? O senhor não vai mudar ele não? Aí pode passar o dia aqui falando de coisa ruim.
Marta acabou entrando em sobrecarga, não porque Jesus exigiu dela, mas por causa de onde ela colocou o coração. E é assim com a gente: muitas vezes nos desgastamos porque nosso coração está voltado para coisas que nos sobrecarregam. Por que certas situações se tornam tão difíceis e pesadas para nós? É porque colocamos o coração em demandas e pressões, em vez de em Jesus, que está presente em nossa vida.
Jesus está na casa de muitos casais que estão passando por batalhas intensas. Porém, ao invés de sentarem-se aos pés de Jesus para ouvir o que Ele tem a dizer, muitas vezes brigam com Ele, esperando que Ele siga as suas ordens. Isso gera frustração e cansaço. E, no entanto, sabemos que Marta era sincera, íntegra e verdadeira. Mas há algo perigoso nisso: podemos estar sinceramente errados. E quanto mais sinceros e empenhados estamos, mais longe podemos nos distanciar do nosso propósito.
Imagine que você está numa estrada, mas precisa ir a um determinado lugar e, por falta de atenção, pega o caminho errado. Mesmo sendo sincero, dedicado e esforçado, está indo na direção oposta, como aconteceu numa viagem que fiz com meu tio. Saímos de Sobradinho cedo para chegar a Anápolis, mas acabamos pegando o caminho para Paracatu. Rodamos mais de duas horas antes de percebermos que, mesmo com toda nossa seriedade, estávamos cada vez mais distantes do nosso destino.
Assim também foi com Marta. Ela era sincera, empenhada, mas colocou sua atenção no lugar errado. Não estamos aqui para medir caráter ou integridade, mas para discernir onde está o nosso foco e as nossas preocupações. Marta se aproximou de Jesus, mas com o coração cheio de demandas e ordens: "Diga a ela que venha me ajudar!" Em vez de ouvir e aprender, queria que Jesus corrigisse Maria, que Ele a tirasse do lugar de adoração, tentando interferir no relacionamento de Maria com o Mestre.
Que possamos aprender a nos aproximar de Jesus para ouvir e sermos transformados, e não para pedir que Ele altere aqueles ao nosso redor conforme as nossas expectativas.
E aí Jesus? É impressionante. Não sei se você vai lendo, entrando no ambiente. Eu me senti como se eu estivesse lá, assistindo. Eu vejo a docilidade quando Jesus fala Marta, Marta,. Jesus assim traz aquela paz para o ambiente. Jesus traz um foco para o ambiente. Jesus traz um amor e uma docilidade. Jesus mostra sua soberania, Jesus mostra o seu domínio. Jesus mostra o seu lugar, Jesus mostra quem Ele é Ele diz Marta você é perturbada Marta. É isso que ele está dizendo. Que você anda inquieta e se preocupa com muitas coisas Marta. Se está agitado demais. Para para ouvir.
Jesus não está condenando a diligência de Marta, nem rejeitando quem ela era ou desqualificando o seu perfil. O que Ele realmente está exortando é a necessidade de discernir o tempo, entender onde está o coração e perceber a realidade do momento. Jesus diz: “Marta, você está preocupada e inquieta com muitas coisas, mas apenas uma coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte, e eu não a tirarei dela.”
Às vezes, nos vemos criticando ou julgando alguém, enquanto Deus nos convida a escolher a melhor parte. O que Jesus está questionando não são os afazeres, o perfil ou o coração de Marta. O ensinamento é que, quando Jesus está na sala, a cozinha deve esperar. Ele está nos alertando a não ficarmos tão ocupados com o movimento que acabamos perdendo Sua presença.
A palavra que Jesus usa, “inquieta”, aponta para uma preocupação perturbadora, um apego aos cuidados da vida que sufoca o fruto da Palavra de Deus. Em Lucas 8, vemos a parábola do semeador: Jesus descreve que algumas sementes caíram entre espinhos, que simbolizam os cuidados e ansiedades deste mundo.
Desde a queda de Adão, foi decretado que o homem colheria do suor do rosto e que a terra produziria espinhos e abrolhos. Espinhos representam os frutos deste mundo e a agenda que ele impõe.
Espinhos representam as pressões e obrigações que o mundo nos impõe. E aqui não estamos falando sobre pecado; o pecado já foi resolvido. Estamos falando das coisas legítimas que, quando feitas na hora errada, no lugar errado e com prioridades equivocadas, acabam nos afastando do essencial. É por isso que Romanos nos chama para uma transformação de mente. Não basta mudar o comportamento, pois isso é muito mais fácil do que transformar a mente.
Transformar o coração e a mente é um milagre tão grandioso que Deus precisou se fazer homem, morrer numa cruz, ressuscitar e prometer que voltará. E mesmo com essa certeza, a humanidade ainda luta para transformar a mente. Isso só é possível através do poder do Espírito Santo, e é um trabalho contínuo que já dura dois mil anos. O diabo foi derrotado na cruz há dois mil anos, mas o combate ao pecado e a luta para transformar nossa mente ainda prosseguem.
Jesus aqui, lidando com Marta, está mostrando a necessidade de transformação de mente ao alertar sobre as preocupações e prioridades. Ele fala da semente que foi sufocada pelas pressões, riquezas e prazeres deste mundo, e destaca que, mesmo que não sejamos presos à busca por riquezas ou prazeres, ainda assim podemos ser sufocados pelas preocupações e perturbações da vida cotidiana.
Temos obrigações como comprar, vender e casar, e tudo isso é legítimo. Mateus nos lembra que nos dias da vinda do Filho do Homem será como nos dias de Noé. Naquela época, Noé foi instruído por Deus a construir uma arca em um deserto, mesmo sem saber o que era chuva, pois nunca havia chovido.
A autoridade de Noé não veio apenas do que ele fazia ou falava, mas da confiança que a sua própria esposa tinha de que ele era um homem de Deus. Isso nos ensina que não adianta querer convencer os outros se a base da nossa relação com Deus não está firme. Se estamos agitados e inquietos com as pressões da vida, essas preocupações acabam sufocando nosso crescimento e não nos deixam amadurecer. Marta, você está inquieta demais! Não há como viver nesse ritmo sem parar. Mesmo o médico me alertou: “É preciso parar antes que algo maior te pare.” Parar e priorizar o essencial é o que Jesus ensina.
Jesus não criticou Marta por suas tarefas, mas apontou que uma só coisa é realmente necessária. E qual é essa “melhor parte”? Maria escolheu a melhor parte, sentada aos pés de Jesus, ouvindo-O e entregando totalmente o coração a Ele, sem qualquer outra expectativa, apenas conhecendo e aprendendo a se relacionar com Ele. Precisamos reconhecer que podemos ter Jesus na nossa vida, em casa, na igreja e nas reuniões, mas ainda assim não saber nos relacionar com Ele. E isso é o mais importante.
Nosso relacionamento com Jesus é sobre conhecê-Lo verdadeiramente, não apenas sobre o que Ele pode fazer por nós. Aprender com Jesus que Seu jugo é suave e Seu fardo é leve. Ele é o Senhor que um dia todos confessarão, aquele que nos ama com pensamentos de paz. Marta estava preocupada com as tarefas, enquanto Maria escolheu o essencial: estar aos pés de Jesus. Jesus em João 17 fala da vida eterna como algo mais profundo: "a vida eterna é esta, que te conheçam a ti, o único Deus, e Jesus Cristo, a quem enviaste."
Maria entendeu que a melhor parte é Jesus. Enquanto Marta estava dando ordens a Jesus para atender aos seus próprios desejos, Maria escolheu ouvir e conhecer o coração de Jesus, entendendo o que Ele desejava para ela. E o que Jesus quer? Que onde Ele estiver, nós estejamos também, para contemplarmos Sua glória. Isso é muito além do que Ele pode nos dar ou fazer por nós; é sobre quem Ele é.
Nós, assim como Marta, às vezes estamos tão ocupados com nossas tarefas e demandas que deixamos o coração focado no nosso próprio “reino” e perdemos o Reino de Deus. Temos nossos próprios alvos: comprar, vender, realizar. Mas Jesus quer nos chamar para largar o peso desse mundo, para andar ao Seu lado em completa confiança. Ele é a melhor parte. Quando estamos em comunhão com Ele, tudo o que fazemos passa a ser uma extensão dessa relação e não uma tentativa de "forçar" nosso caminho.
Quando entregamos o coração e dependemos dEle, experimentamos a verdadeira leveza do fardo de Cristo. Esse é o segredo para uma vida abundante: viver a vida a partir da nossa relação com Jesus.
Esse é o ponto central: nossa vida com Jesus não se resume ao que fazemos, mas à relação profunda que temos com Ele. Maria compreendeu que Jesus, Sua presença e Suas palavras eram a verdadeira essência, e ela se entregou totalmente a esse relacionamento. Marta, por outro lado, estava ocupada, servindo e cumprindo suas tarefas, mas perdeu a oportunidade de estar plenamente com Jesus, de experimentar Sua presença sem distrações. Jesus a corrigiu não para desvalorizar seu serviço, mas para ensiná-la sobre a verdadeira paz que vem de uma conexão íntima com Ele.
Quando Maria derramou o perfume caro sobre Jesus, ela não estava preocupada com o valor material daquele ato. Ela estava em sintonia com o coração de Deus. Jesus reconheceu a profundidade do gesto, mesmo quando os outros o questionaram. O que Jesus estava destacando não era o valor material do que foi oferecido, mas o valor do coração dedicado a Ele, sem reservas.
Hoje, somos chamados a abrir nosso lar e nossa vida para Jesus, como Marta, mas com a paz e a serenidade de Maria. O problema não é a ação, o serviço ou o ministério, mas o quanto permitimos que isso se torne uma fonte de perturbação e ansiedade, ao invés de uma extensão natural de nossa intimidade com Cristo. Jesus nos quer livres da agitação e das pressões impostas por expectativas externas e estruturas religiosas, que muitas vezes nos tiram do eixo, da essência.
Intimidade com Jesus é permanecer nEle, entrar num relacionamento que nos dá segurança e descanso. Não é apenas receber Jesus em nossa vida e cumprir rituais ou responsabilidades. É viver um relacionamento que se torna parte de quem somos, uma conexão que nada pode interromper.
Essa intimidade vai além da mente, pois não é sobre saber, mas sobre experimentar. Muitos já ouviram essas palavras, mas a verdadeira transformação ocorre quando elas saem da cabeça e alcançam o coração. Essa é a profundidade que Deus deseja: não só preencher nossa mente com conhecimento sobre Ele, mas fazer com que o nosso coração o conheça e o viva plenamente.
Estamos buscando entender como nos relacionar com Jesus, e essa relação é a chave para que tudo mais aconteça. Ele é a melhor parte, e é isso que devemos buscar em nossa vida. Então, o que significa para nós, hoje, essa melhor parte? A Palavra de Jesus é como o pão do céu, que nutre todas as áreas da nossa vida: no material, no emocional e no espiritual. Ele vem para expulsar o medo e nos levar a viver tudo o que Ele tem preparado para nós.
Para aqueles que se identificam mais com o perfil de Marta, que gosta de fazer algo, a melhor parte pode ser, por exemplo, a prática diária de ler a Bíblia. É ali que Ele fala conosco, onde encontramos Seu coração e Sua direção. Como o testemunho do Rodolfo, que ouviu Deus de forma clara e transformadora; essa experiência é única e não pode ser tirada de nós. A Bíblia é o lugar onde encontramos Deus, onde Ele se expressa e nos dá a fé necessária para superar os desafios do mundo.
A correria do dia a dia pode nos afastar desse encontro com a Palavra, mas precisamos buscar esse momento no nosso "quarto secreto". É ali que estamos com Ele, onde Ele nos vê e nos recompensa. Essa recompensa não é necessariamente algo material, mas a própria presença d’Ele, que é tudo o que precisamos.
Quando falamos de congregar, de estar juntos na igreja, devemos lembrar que a presença de Jesus está ali. A vida da igreja é onde Ele caminha e se manifesta. Precisamos ter cuidado para não nos distrair com agitações e tarefas, mas nos concentrar na Sua presença. Muitas vezes, ficamos tão ocupados pedindo a Deus que mude situações e pessoas, que esquecemos de que o verdadeiro descanso está em estar aos pés d’Ele, ouvindo e recebendo o que Ele tem para nós.
Na celebração, na adoração, é onde Deus ordena a bênção. Quando estamos juntos em união, como diz a Palavra, estamos criando um ambiente onde Ele se faz presente. Por isso, mesmo que tenhamos mil coisas para fazer, precisamos priorizar estar com Ele e com os irmãos. Às vezes, podemos achar que não temos tempo, mas precisamos entender que quando buscamos primeiro o Reino de Deus, tudo o que precisamos será acrescentado.
Essa prática de estar na presença de Deus e de estar em comunidade nos ajuda a organizar nossas prioridades. Muitas vezes, nossa rotina está tão cheia de compromissos que esquecemos do essencial. Deus quer nos ajudar a discernir o que é realmente importante e o que devemos deixar de lado.
Ele não quer que sejamos apenas ocupados, mas que estejamos cheios do Seu poder e da Sua presença. Essa transformação de prioridades traz vida ao que fazemos e nos permite ver frutos. E aquilo que não devemos fazer, Ele nos mostrará.
Queridos, quando nos tornamos uma habitação do Espírito Santo, a melhor parte está em nós. Ele não está distante; Ele está aqui, perto de nós. E ao reconhecermos isso, nossa rotina começa a mudar, e conseguimos fazer tudo com propósito e direção.
Por fim, precisamos de um clamor sincero: Senhor, revela quem Tu és para nós. Ajuda-nos a sair das agitações deste mundo, para que possamos Te adorar e desfrutar da Tua presença. Que possamos sempre nos lembrar de que, mesmo diante das dificuldades, a verdadeira liberdade está em estarmos com Jesus, aos Seus pés, entregues e dispostos a ouvir e a aprender d’Ele.
Mensagem ministrada na Comunidade de Cristão Betesda na manhã de domingo em 27 de outubro de 2024 por Juliano Sales
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